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Um dos alvos, Magnun Vinnicios Rodrigues é pré-candidato a prefeito de General Carneiro
Pré-candidato à Prefeitura, o ex-presidente da Câmara de General Carneiro Magnun Vinnicios Rodrigues (DC), é um dos alvos da Operação La Catedral, deflagrada pela Polícia Civil na terça-feira (07), para investigar crimes de corrupção passiva, ativa, lavagem de capitais e facilitação de saída de pessoa presa para atividades ilegais.
Entre os principais alvos estão Janderson Lopes, de 30 anos, que está detido em regime fechado na unidade prisional de Primavera do Leste, após ser condenado a 39 anos de reclusão; e o diretor da unidade prisional, que recebia propina dos suspeito.
Segundo a Polícia Civil, mesmo preso, Janderson tinha total liberdade para continuar com suas atividades criminosas lideradas a partir da cadeia pública. Ele foi alvo de mandados de prisão preventiva, busca e apreensão, bloqueio de valores e sequestro de bens. Já o diretor da cadeia pública de Primavera do Leste foi alvo de busca e apreensão, bloqueio de bens e afastamento do cargo
Já Magnun foi preso em flagrante no dia 10 de setembro de 2022, enquanto tentava furtar gado da fazenda Santa Izabel, na zona rural de Primavera do Leste (243 km de Cuiabá). Na ocasião, o gerente e outros funcionários conseguiram deter os suspeitos e houve luta corporal.
Ele chegou a ser condenado a 8 anos de prisão em regime fechado, mas a decisão foi revogada pelo desembargador Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Paulo da Cunha.
O magistrado estabeleceu fiança de R$ 10 mil e impôs algumas cautelares que Magnun deverá cumprir. Dentre elas, estão a obrigação de comparecimento mensal em juízo; informar e justificar suas atividades; e a obrigação de manter atualizado o seu endereço, informando imediatamente ao juízo eventuais alterações.
Na Operação La Catedral foram cumpridas 132 ordens judiciais, entre prisões preventivas, buscas e apreensões, bloqueios de contas bancárias, além de sequestro de bens móveis e imóveis dos investigados. Os mandados são cumpridos em cidades de quatro estados: Primavera do Leste, Paranatinga e Dom Aquino (MT); Uberlândia (MG); Rio Verde (GO) e Santana do Araguaia (PA).
PJC
A investigação, de quase um ano, reuniu diversas informações produzidas a partir de relatórios financeiros e investigativos, identificou atividades ilegais envolvendo pessoas presas e o diretor da cadeia pública de Primavera do Leste.
A Polícia Civil apurou a existência de uma associação criminosa que se formou para comprar facilidades e movimentar dinheiro obtido ilegalmente e promover a lavagem de capitais por meio de empresas de construções e, ainda, ofertar vantagens ilícitas a servidores públicos.
Para legitimar os valores recebidos, os investigados utilizaram terceiros e também de pessoas jurídicas para movimentar os valores ilícitos. Houve ainda a aquisição de veículos e imóveis para dar aparência de legalidade ao dinheiro.