O governador em exercício Otaviano Pivetta (Republicanos) afirmou, nesta quinta-feira (16), que cerca de 200 homens estão atuando no combate aos incêndios no Pantanal. Segundo ele, é impossível prever o surgimento de novos focos, uma vez que a área é de difícil acesso e com condições favoráreis à rápida proliferação das chamas. A luta do Corpo de Bombeitos para conter as chamas no bioma mato-grossense já dura cerca de um mês e, para dar suporte à equipe, foi acionada ajuda do Governo Federal.
“Nós mobilizamos todas as forças disponíveis possíveis para combater o incêndio. O fato é que o Pantanal tem condições singulares de acesso e muita biomassa subterrânea. Os incêndios são realmente muito fortes, nosso pessoal está na linha de frente de combate muito bem planejado, bem comandado. Vamos torcer para que a chuva venha logo e nos ajude, porque sem chuva, realmente, é muito difícil”, justificou.
Thaís Fávaro
À imprensa, Pivetta ainda ressaltou que se reuniu com as autoridades brigadistas para traçar um plano de combate ao incêndio. No entando, ele pontou que trata-se de uma ação difícil visto que o fogo é imprevisível.
“O esforço é do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil do Estado, Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] e ICMBio [Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade]. Nós nos encontramos ontem lá, fizemos uma reunião de planejamento. Temos um plano de ação, mas como eu falei, é impossível prever os eventos de incêndio no Pantanal, pois o fogo se propaga de maneira, inclusive, subterrânea, por causa da biomassa seca que tem nesse terreno”, afirmou.
Nesta quarta-feira (14), Pivetta decretou de emergência ambiental em decorrência dos incêndios florestais no Estado. A partir da publicação, o Estado pode buscar apoio da União para reforçar as ações de combate. Desde outubro, os parques estaduais são os mais atingidos pelos incêndio. No Parque Estadual Encontro das Águas, por exemplo, mais de 10 mil hectares já foram destruidos. O Parque Nacional do Pantanal, na região de Poconé, também sofre com as chamas.
“Os incêndios acontecem exatamente nas áreas públicas, nos parques, nas reservas indígenas, nos parques federais, nos parques estaduais, nas beiras de estrada, onde nós não temos controle. Nós precisamos tomar consciência de que o problema dos incêndios é um problema de todos nós e de toda a sociedade, que de alguma maneira está envolvida”, completou o governador.