Pessoa de nacionalidade brasileira condenada por homicídio foge de prisão na Argentina


O governo de Río Negro, onde fica a penitenciária, considera a pessoa presa como sendo um homem. No entanto, o jornal La Nación, da argentina, afirma que a pessoa condenada fez transição de gênero e atende por Amanda Alves Ferreira. Pessoa de nacionalidade brasileira que fugiu de prisão na Argentina tinha 30 anos
Governo de Río Negro
Uma pessoa de nacionalidade brasileira que foi condenada à prisão perpétua por matar Eduarda Santos de Almeida, em 2022, fugiu da penitenciária em que estava presa, em Bariloche, na Argentina.
De acordo com o Ministério de Segurança e Justiça de Rio Negro, província onde fica Bariloche, a pessoa que fugiu da prisão tinha 30 anos e teve filhos com a vítima, que também era brasileira.
A fuga aconteceu nesta terça-feira (6), por volta das 21h30. As autoridades não divulgaram detalhes sobre o caso.
Em comunicado sobre a fuga, o governo de Río Negro trata a pessoa condenada pelo homicídio como sendo um homem. No entanto, o jornal La Nación, da argentina, afirma que a pessoa condenada fez transição de gênero e atende por Amanda Alves Ferreira.
O La Nación diz ainda que a transição de gênero foi uma estratégia para evitar uma condenação por feminicídio.
Relembre o caso
Em 2022, o corpo de Eduarda Santos foi encontrado perto da estrada que leva para o Lago Escondido, um dos pontos turísticos de Bariloche.
Durante as investigações iniciais, o Ministério Público da Argentina levantou a hipótese de que Eduarda estaria em um carro com o pai de seus filhos e que os dois teriam começado a discutir. Em seguida, a jovem teria saído do veículo e sido baleada.
A pessoa suspeita de matar Eduarda foi presa depois que a polícia encontrou manchas de sangue no carro. De acordo com o jornal local El Cordillerano, a pessoa foi autuada por feminicídio e uso de arma de fogo.
A polícia argentina encontrou projéteis próximos ao corpo da vítima. A autópsia concluiu que Eduarda foi atingida por nove tiros e que tinha hematomas pelo corpo.
Em entrevista ao g1 em fevereiro de 2022, o irmão de Eduarda, Wallace Oliveira, disse que a jovem tinha residência argentina e que trabalhava em uma rede de hotéis de Bariloche. A última vez que ela esteve no Brasil foi em dezembro de 2021, quando embarcou para a Argentina no intuito de buscar os filhos, que estavam com o pai.
Wallace disse ainda que Eduarda já tinha dito a amigos em Bariloche que estava sendo ameaçada pelo pai de seus filhos.

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