Anielle Franco comentou decisão da Justiça espanhola que condenou a oito meses de prisão três torcedores que proferiram ofensas racistas. Lula repostou publicação do jogador. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, afirmou nesta segunda-feira (10) que considera “um passo robusto na luta contra o racismo” a condenação de três espanhóis a oito meses de prisão por injúrias racistas contra o jogador brasileiro Vinicius Jr..
A sentença é a primeira condenação na Espanha por um caso de racismo no futebol. A decisão também é a primeira da onda de casos de racismo contra o atacante da seleção brasileira, que atua no Real Madrid.
“A sentença é um passo robusto na luta contra o racismo e comprova a importância do Governo Federal seguir construindo política pública que promova a igualdade e o respeito nos esportes e em todos os campos da vida. Com racismo não tem jogo, não tem disputa, não tem democracia. Igualdade é bom pra todo mundo”, publicou Anielle em uma rede social.
Espanha condena três pessoas à prisão por ataques racistas contra Vini Jr
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) repostou em uma rede social a publicação de Vini Jr., na qual o atacante afirmou que a sua postura antirrascista “é por todos os pretos”.
“Como sempre disse, não sou vítima de racismo. Eu sou algoz de racistas. Essa primeira condenação penal da história da Espanha não é por mim. É por todos os pretos”, declarou Vinicius Jr. “Que os outros racistas tenham medo, vergonha e se escondam nas sombras. Caso contrário, estarei aqui para cobrar”, escreveu o jogador.
Os três torcedores condenados nesta segunda foram sentenciados a oito meses de prisão. Eles também não poderão ir a qualquer estádio de futebol na Espanha durante dois anos.
Eles foram identificados entre os torcedores do Valencia que xingaram Vinicius Jr. de “macaco” durante um jogo do time contra o Real Madrid, em maio do ano passado durante um jogo na Espanha.
A sentença declarou o grupo culpado pelo delito contra a integridade moral — a Espanha não tem uma tipificação específica para casos de racismo.
Um deles foi identificado pelo próprio Vinicius Jr. ao fim do jogo. A polícia encontrou outros dois por meio de câmeras instaladas no estádio. Na ocasião, eles foram presos preventivamente, mas depois liberados enquanto aguardavam o julgamento.
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