Na semana passada, um iraquiano, que mora na Suécia, colocou fatias de bacon entre páginas do Alcorão e queimou o livro em frente a uma mesquita. Papa Francisco
Vatican Media/via Reuters
O papa Francisco disse que a queima do livro sagrado muçulmano, o Alcorão, o deixou com raiva e indignação e que ele condenava e rejeitava permitir o ato como uma forma de liberdade de expressão.
“Qualquer livro considerado sagrado deve ser respeitado para respeitar aqueles que nele acreditam”, disse o papa em entrevista ao jornal Al Ittihad, dos Emirados Árabes Unidos, publicada nesta segunda-feira (3). “Sinto raiva e repulsa dessas ações.”
“A liberdade de expressão nunca deve ser usada como um meio para desprezar os outros e permitir deve ser rejeitado e condenado.”
Um homem rasgou e queimou um Alcorão na capital da Suécia, Estocolmo, na semana passada, resultando em forte condenação de vários Estados, incluindo a Turquia, cujo apoio a Suécia precisa para entrar na aliança militar da Otan.
Salwan Momika protesta do lado de fora de uma mesquita em Estocolmo, em 28 de junho de 2023
Jonathan Nackstrand/AFP
Embora a polícia sueca tenha rejeitado vários pedidos recentes de manifestações contra o Alcorão, os tribunais anularam essas decisões, alegando que elas infringiam a liberdade de expressão.
No domingo, um grupo islâmico de 57 Estados disse que medidas coletivas são necessárias para evitar atos de profanação do Alcorão e que a lei internacional deve ser usada para impedir o ódio religioso.
Protestos contra queima do Alcorão deixam 40 feridos na Suécia
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