Palma de óleo é alternativa para produtores e mercado de biocombustíveis

Usado na fabricação de biocombustíveis e também na geração de energia elétrica, o óleo de palma, conhecido também como óleo de dendê, vem da palma, planta que é pouco produzida no Brasil e que pode representar uma oportunidade para produtor e para o agronegócio do país.

De acordo com o IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o país conta com cerca de 220 mil hectares cultivados principalmente no norte e na Amazônia.

Mercado

Os maiores produtores de palma de óleo no mundo são Indonésia, Malásia e Tailândia, todos localizados no sudeste asiático. Juntos, estes países respondem por mais de 90% do abastecimento do mercado.

Apesar de hoje ser importador, o Brasil tem grande potencial para a produção da palma de óleo por conta das condições climáticas que são ideais para o desenvolvimento da cultura: sol forte e água abundante.

A planta pode ser cultivada em áreas já desmatadas ou em alto grau de degradação, como explica o pesquisador da Embrapa Agroenergia Bruno Laviola. Segundo ele, o bom rendimento é uma das maiores características da palma de óleo.

“Ela produz em torno de 4.000 kg de óleo por hectare, enquanto a soja tem um potencial em torno de 500 a 600 kg de óleo por hectare”, diz Laviola.

No Brasil, de acordo com um zoneamento realizado em 2012 pela Embrapa, 30 milhões de hectares estão aptos para o cultivo da planta.

Oportunidade  

Nas regiões onde o clima é mais seco e a restrição hídrica é maior, como no Oeste baiano e na maior parte dos estados nordestinos, a palma de óleo também pode ser uma oportunidade viável e produtiva

É o que afirma o pesquisador Edson Barcelos, da Embrapa Amazonas. Segundo ele, tudo o que a planta precisa é de uma irrigação eficiente. 

“Nós temos certeza que, dada a quantidade de sol e o calor, com uma boa irrigação, nós poderemos ter boa produtividade”, afirma ele sobre a região.

Representante da Abrapalma, a Associação Brasileira de Produtores de Óleo de Palma, e CEO do Grupo Brasil BioFuels, Milton Steagall defende que o produto pode impulsionar o mercado de biocombustíveis de segunda geração, como o combustível sustentável de aviação (SAF), e o diesel verde. 

Hoje, o grupo que ele dirige gera mais de 20 mil empregos no norte do país.

“Recuperamos a área, criamos empregos e geramos riqueza. O Brasil não precisa fazer grandes obras de infraestrutura para que isso aconteça”, destaca Steagall.


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