O Brasil é, hoje, o segundo país com mais influenciadores no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. De acordo com um levantamento da consultoria Nielsen, são cerca de 13 milhões de pessoas com perfis dedicados a isso nas redes sociais e que somam pelo menos mil seguidores cada. Do outro lado das telinhas, 38% dos brasileiros são consumidores de vídeos feitos por influenciadores; entre jovens de 16 a 24 anos, esse número salta para 64%. Assim, turbinados por dinheiro e por popularidade, muitos desses profissionais estão trabalhando para influenciar, também, as eleições – seja em candidaturas próprias, seja em discursos e conteúdos produzidos cuidadosamente para viralizar. Neste episódio, a especialista em direito eleitoral Amanda Cunha, coordenadora de comunicação da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político e apresentadora do podcast Eleitorialista, explica o que a Justiça Eleitoral veta em relação ao conteúdo de influenciadores. Natuza Nery entrevista também Arthur Ituassu, professor de comunicação política da Puc-Rio e pesquisador associado ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital, sobre a crescente relevância das redes sociais sobre as eleições e a democracia brasileiras.