País europeu é o principal financiador do Fundo Amazônia, e ministro diz estar animado com redução no desmatamento. Cúpula ocorre nos dias 8 de 9 de agosto. A Noruega terá um enviado especial para o clima na Cúpula da Amazônia, Hans Brattskar. O evento ocorre nos dias 8 e 9 de agosto em Belém, no Pará, e reunirá os chefes de estado dos países que concentram a floresta em seu território.
Além dos sul-americanos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou para o encontro representantes da Noruega e Alemanha, países que contribuem com o Fundo Amazônia.
A comitiva norueguesa que participará da cúpula será composta por:
Andreas Dahl-Jørgensen, diretor da Iniciativa Internacional da Noruega para Clima e Forestas (NICFI);
Annette Bull, ministra conselheira;
Vedis Vik, enviada para Clima e Floresta;
e Rafael Volochen, assessor para Clima e Floresta.
O grupo chega ao Brasil neste domingo (6). Segundo o governo norueguês, o país participará do encontro para ouvir as prioridades dos países que têm florestas tropicais e discutir como podem “ser mais úteis e ajudar mais”.
A Noruega é a maior doadora do fundo e desbloqueou R$ 3 bilhões em recursos no início do ano para serem utilizados nos projetos da iniciativa.
O país tinha interrompido os repasses de recursos diante da paralisação do fundo durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Após as eleições de 2022, com o anúncio de intenção de reativação da iniciativa pelo então presidente eleito Lula, a Noruega anunciou que retomaria a parceria.
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Em visita ao Brasil em março deste ano, o ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Espen Barth Eide, afirmou em entrevista ao g1 que o país está satisfeito com a lógica de pagamentos previstos para o fundo, que depende dos resultados de combate ao desmatamento do Brasil.
A Noruega tinha a intenção que Eide estivesse na Cúpula da Amazônia, mas o país está em meio a eleições municipais, o que impediu a viagem do ministro.
Em comunicado, ele informou que “está impressionado com a escala de medidas que foram implementadas durante os primeiros sete meses de 2023”.
“Os números do Brasil sobre a queda do desmatamento na Amazônia são muito animadores. Esta é, simplesmente, a melhor notícia climática do ano”, disse o ministro, ainda segundo o comunicado.
Como funciona o fundo
Criado em 2008, o Fundo Amazônia recebe doações majoritariamente da Noruega e também da Alemanha. Em 2019, os países suspenderam os repasses e congelaram os valores para novos projetos, mantendo somente os pagamentos já programados.
Pela regra atualmente em vigor, os repasses levam em conta os dados de desmatamento entre os meses de agosto de um ano e julho do ano seguinte.
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