Nesta última segunda-feira (29), a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA) divulgou diversas novas imagens capturadas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) que apresentam diferentes características de galáxias espirais.
Ao todo, a agência espacial norte-americana divulgou 19 imagens desses objetos cósmicos distantes que podem auxiliar os cientistas a compreenderem mais sobre essas estruturas massivas.
Como o JWST é um telescópio de alta qualidade, ele conseguiu capturar detalhes que mostram que não existem duas galaxias iguais quando observadas por equipamentos altamente precisos.
Além das galáxias espirais, as observações também apresentam detalhes interessantes de estrelas, gás e poeira cósmica que rondam esses objetos massivos. O objetivo dos cientistas é utilizar os dados para melhorar a compreensão sobre a formação estelar e a evolução das galáxias espirais.
As imagens apresentam 19 galáxias espirais, estrelas, poeira cósmica e gás fotografados pelo telescópio James Webb.Fonte: NASA / ESA / CSA / STScI / Janice Lee/ Thomas Williams / PHANGS Team
Em um comunicado oficial, a NASA explica que as imagens fazem parte de observações do programa Physics at High Angular Resolution in Near GalaxieS (PHANGS).
Antes de começarem a utilizar os dados do James Webb, os 150 astrônomos que fazem parte do PHANGS já utilizavam imagens coletadas pelos seguintes instrumentos: Telescópio Espacial Hubble, Multi-Unit Spectroscopic Explorer e Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA).
“As novas imagens de Webb são extraordinárias. São alucinantes mesmo para investigadores que estudaram estas mesmas galáxias durante décadas. Bolhas e filamentos são resolvidos até às escalas mais pequenas alguma vez observadas e contam uma história sobre o ciclo de formação estelar”, disse a cientista de projetos para iniciativas estratégicas Janice Lee, do Space Telescope Science Institute em Baltimore, nos EUA.
Galáxia espiral IC 5332.Fonte: NASA / ESA / CSA / STScI / Janice Lee/ Thomas Williams / Rupali Chandar/ PHANGS Team
As galáxias espirais
Enquanto a câmera Near-Infrared (NIRCam) do JWST conseguiu capturar milhões de estrelas que brilham em tons de azul, o instrumento Mid-Infrared (MIRI) apresenta a poeira cósmica brilhante em torno das estrelas — já as estrelas em processo de formação são apresentadas em vermelho. Segundo o professor de física da Universidade de Alberta, Erik Rosolowsky, as fotografias são de regiões onde é possível observar as estrelas mais novas e mais massivas das galáxias.
Galáxia espiral NGC 628.Fonte: NASA / ESA / CSA / STScI / Janice Lee/ Thomas Williams / PHANGS Team
Conforme os pesquisadores explicam, as fotos das galáxias espirais podem auxiliar os astrônomos na descoberta de regiões repletas de gás e poeira. Por exemplo, na imagem da galáxia NGC 5068, localizada a 20 milhões de anos-luz de distância da Terra, próximo da constelação de Virgem, os cientistas puderam observar grandes buracos vazios que podem ter sido criados pela explosão de estrelas massivas.
Galáxia espiral NGC 1365.Fonte: NASA / ESA / CSA / STScI / Janice Lee/ Thomas Williams / PHANGS Team
“Estes buracos podem ter sido criados por uma ou mais estrelas que explodiram, esculpindo enormes cavidades no material interestelar. As estrelas podem viver por bilhões ou trilhões de anos. Ao catalogar precisamente todos os tipos de estrelas, podemos construir uma visão mais confiável e abrangente de seus ciclos de vida”, disse o professor de astronomia Adam Leroy, da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos.
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