O ministro da Agricultura e Pecuária Carlos Fávaro (PSD) sinalizou que pode disputar o Governo de Mato Grosso em 2026, caso seja intimado por seu grupo político para encabeçar o projeto de sucessão do governador Mauro Mendes (União Brasil), que encerrará o segundo mandato consecutivo. Desta forma, teria de encarar o candidato de seu ex-aliado e hoje, rival político, em uma corrida pelo comando do Palácio Paiaguás.
Caroline De Vita
“Não descarto, óbvio, se nosso grupo político ou conjuntura política lá em 2026 desenhar para que seja candidato a governador, não fujo do meu destino”, disse ele, em entrevista exclusiva ao .
Embora esteja disposto e se sinta de certa forma atraído pelo projeto, o ministro salientou que a sua prioridade será a construção pela reeleição ao Senado, onde o mandato é de 8 anos, enquanto no Executivo, o cargo é de 4 anos, podendo ir à uma reeleição seguida.
“Quem não gostaria de ser governador de um estado pujante e excepcional como Mato Grosso? Qual cidadão não queria esse privilégio e diria que não seria honrado de exercer esse cargo? Mas confesso que se for para ter o privilégio de escolha, gostaria, com a experiência adquirida e o bom relacionamento que consegui estabelecer em Brasília, acho que uma reeleição ao Senado me daria mais oportunidades de fazer mais por Mato Grosso”, argumentou.
Fávaro assumiu a pasta com a missão de pacificar o agronegócio após o presidente da República Lula (PT), retornar ao poder em 2023. Com isso, defende que o trabalho vencerá qualquer tipo de resistência do setor, que também pode lhe gerar vantagens políticas. Atualmente, é a principal liderança mato-grossense com um cargo no primeiro escalão do governo petista.
Se for à reeleição, poderá enfrentar Mauro na disputa pelas duas cadeiras que serão abertas no Senado. Se topar ir ao Governo, poderá enfrentar o atual vice-governador, Otaviano Pivetta (Republicanos), o senador Jayme Campos (União Brasil), e o também senador, Wellington Fagundes (PL).