Não abrimos mão do desmatamento legal, afirma presidente da Aprosoja de MT | …

O presidente da Associação de Produtores de Soja de Mato Groso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber, comentou sobre o encontro do presidente Lula (PT) com o presidente francês, Emmanuel Macron, para debater questões ambientais e o fim do desmatamento no Cerrado. Segundo ele,   é natural que cada um defenda aquilo que acredita, mas deixa claro que a instituição não irá apoiar nenhum movimento que vá contra o desmatamento permitido pela legislação.

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Lucas Beber Aprosoja

“É louvável cada um defender aquilo que acredita, mas nós temos uma legislação, o nosso Código Florestal Brasileiro é o mais moderno e também o mais restritivo do mundo. Ele restringe essa questão da Amazônia e do Cerrado. Tudo o que for para defender o Cerrado,  a Aprosoja estará apoiando, mas o que for acima da legalidade, do que é previsto no nosso Código Florestal,  nós vamos nos opor e contrapor”, disse o presidente à imprensa.

Segundo o presidente, o desmatamento legalizado em Mato Grosso fez com que a produção de soja desse um salto e que é de direito do produtor usar a sua área, dentro do que é permitido, para aumentar a sua produção.

“A gente sabe que no Estado hoje tem um estudo por parte do Imea e a Secretaria de Meio Ambiente que houve um aumento de 500 mil hectares de desmatamento legal dentro do Estado que é o único desmatamento que a gente apoia, que desde 2008 para cá. E de 2018 para cá a produção de soja deu um salto de 9,6 milhões de hectares para 12.2, ou seja, se necessário, se a lei permitir e o produtor tiver a área dele, é justo ele poder fazer o desmatamento dentro do código ambiental”, explicou.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), coletados entre agosto de 2022 a julho de 2023, através do Projeto Prodes Cerrado, apontou que Mato Grosso teve 612 km² do Cerrado desmatados no último ano. Apesar de expressivo, esse é o menor índice de desmatamento do bioma dos últimos 23 anos.

No total, em todo o país, foram desmatados 11 mil km², um aumento de 3% em relação ao valor apurado no ano passado, de 10,6 mil km². Entre os 13 estados do Brasil que têm o Cerrado, Mato Grosso ficou em sétimo lugar no ranking dos índices de desmatamento do bioma.

 



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