Mulheres com diabetes têm 50% de risco a mais de sofrer infarto; homens 40% | …

O diabético tem mais chance de desenvolver doenças cardiovasculares como a hipertensão, infarto do miocárdio, angina de peito, acidente vascular cerebral, entupimentos das artérias e aneurisma vascular, segundo o médico cardiologista e intensivista do Hospital São Mateus de Cuiabá, Sandro Franco.

A doença crônica atinge cerca de 13 milhões de brasileiros, conforme dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).

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Mulheres com diabetes - risco - infarto

Por ser silenciosa e pouco sintomática, mais da metade das pessoas sequer sabe que é acometida pelo problema, de acordo com o especialista.

“Há muitas estatísticas sobre diabetes indicando que número de diabéticos têm crescido rapidamente no país. Estima-se que mais de 6 milhões de pessoas tenham a doença e não saibam. O mais preocupante é que as pessoas subestimam a doença, fator que pode levar a riscos sérios à saúde do coração. Há aqueles que não sabem que têm diabetes, contudo, há aqueles que negligenciam os cuidados, o que é muito prejudicial”, alerta Franco.

Infarto: Homens x Mulheres

O risco de um diabético sofrer um infarto é 40% superior em homens e chega a 50% a mais nas mulheres. A doença potencializa outras condições de risco, como a pressão alta e o colesterol elevado. Fatores que favorecem a aterosclerose (acúmulo de placas de gordura nas artérias).

De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF), até 80% dos pacientes com diabetes tipo 2 morrem por causas relacionadas a problemas cardíacos.

O que é diabetes

O diabetes mellitus é uma síndrome metabólica que é determinada pela falta de insulina no organismo ou por sua incapacidade de exercer adequadamente seus efeitos. O que faz com que haja aumento da glicose (açúcar) no sangue.

Tipos de diabetes

Tipo 1 – Ocorre quando o sistema imunológico libera pouca ou nenhuma insulina para o corpo. O resultado é que a glicose ao invés de se transformar em energia se concentra no sangue, elevando o nível de açúcar. Geralmente, este tipo de diabetes surge na infância ou adolescência. Afeta entre 5 e 10% do total de pessoas com a doença.

Tipo 2 – É mais comum em adultos, parece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia. Em torno de 90% das pessoas com diabetes têm o Tipo 2.

Diabetes gestacional – Detectada durante o período gestacional. Para permitir o desenvolvimento do bebê, ocorrem mudanças hormonais no corpo da mulher, que podem reduzir a ação da insulina e com isso aumentar o nível de glicose no sangue. Causando assim, este tipo de diabetes.

Diabetes 3A – Aparece em decorrência de problemas no pâncreas, doenças como a pancreatite crônica, a inflamação pode provocar a destruição das células pancreáticas que produzem insulina, levando a uma diminuição desta produção, o que leva ao diabetes.

Sintomas

Conforme o cardiologista há quatro sintomas mais comuns no diabetes, são eles: perda de peso, sede constante, fome frequente e vontade de urinar diversas vezes ao dia. Entretanto, há outros sintomas como náuseas, vômitos, fadiga, mudança de humor e fraqueza.

Diagnóstico

O diagnóstico de diabetes é feito com base nos resultados de exames como glicemia de jejum, testes de tolerância à glicose e dosagem de hemoglobina glicada (A1C).

Para ser considerado positivo para diabetes, o resultado do exame de glicemia de jejum deve ser superior a 126 mg/dl. Porém, para confirmação são feitas outras coletas para verificação.

Prevenção e cuidados

O médico ressalta que há formas de prevenir e mesmo controlar o diabetes, bastando adotar uma dieta balanceada, rica em frutas, legumes e verduras, grãos integrais, consumir laticínios e seus derivados desnatados; perder peso e praticar atividades físicas regularmente. Medidas essenciais para uma vida saudável.

Avaliação

Em razão do alto risco de doenças cardiovasculares, tanto os pacientes com suspeita (pré-diabetes) ou com diagnóstico da doença precisam passar por avaliação com um cardiologista para fazer uma classificação do risco. Para saber se o risco do paciente é baixo, moderado, alto ou muito alto risco”, alerta ele.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no diabetes.

Franco explica ainda que há outros problemas sérios de saúde provenientes do diabetes, a exemplo da perda da acuidade visual, cegueira, amputação de membros, dores neuropáticas e insuficiência renal crônica.



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