Poucas semanas após sua revelação, Mortal Kombat 1 já ficou disponível para teste por tempo limitado nos consoles PlayStation 5 e Xbox Series. A Warner Bros. Games e a NetherRealm Studios promoveram um Online Stress Test para que os fãs pudessem conferir o jogo na prática, ao mesmo passo em que prepara os servidores do game para o seu lançamento em 19 de setembro.
O Voxel teve a oportunidade de experimentar o jogo, que chama a atenção com seus visuais e um sistema de combate muito mais intuitivo que o dos títulos anteriores. Confira, nas linhas a seguir, as primeiras impressões de Mortal Kombat 1.
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Como o nome sugere, o Online Stress Test de Mortal Kombat 1 foi uma versão ainda em desenvolvimento e com acesso controlado, pois apenas usuários convidados puderam experimentar.
O principal propósito foi atestar a estabilidade dos servidores e a qualidade do netcode — que usa a tecnologia de rollback para partidas mais responsivas. Infelizmente, não havia suporte a crossplay e ainda não há nenhum indicativo de que a versão completa terá suporte à tecnologia.
Foi possível experimentar quatro lutadores selecionáveis, sendo eles: Sub-Zero, Liu Kang, Kenshi e Kitana. Além disso, três lutadores Kameo, nova mecânica que dita a gameplay do título, também estavam disponíveis. Eles eram: Sonya, Jax e Kano — todos em suas versões clássicas dos primeiros jogos da série.
Reprodução/Bruno Magalhães Durante a experiência, os servidores apresentaram bastante instabilidade. O principal problema foi com relação ao matchmaking, que simplesmente travava no momento em que encontrava um jogador e apresentava uma mensagem de erro. Por vezes, as partidas também perdiam a conexão sem motivo aparente.
Estranhamente, esse problema de matchmaking podia ser contornado trocando o tipo de conexão do videogame para Wi-Fi. Por outro lado, isso podia prejudicar a qualidade da partida. Ainda assim, o netcode cumpriu um bom papel para deixar as lutas responsivas, mesmo a pings mais elevados. É de se esperar que o jogo tenha o melhor modo online já feito pela NetherRealm Studios.
Mudanças de gameplay
Algo que pode causar certo estranhamento logo de início é a cadência das lutas de Mortal Kombat 1, que agora são bem menos frenéticas. A sensação é de que os personagens são mais pesados e isso faz com que o posicionamento do jogador tenha ainda mais importância na hora de realizar punições.
É impossível falar de mudanças de gameplay sem se debruçar sobre o sistema de Kameos. Em resumo, ele se trata de um sistema de assistência em que os jogadores escolhem um segundo personagem para as lutas, em um elenco separado do principal. É possível chamar o parceiro a qualquer momento com o botão R1 e sua ação muda dependendo da direção pressionada.
Reprodução/Bruno Magalhães Esse sistema chega para substituir as variações de estilo de luta dos jogos anteriores, que eram nada intuitivas. Nesse sentido, os Kameos são um grande acerto da NetherRealm Studios e fazem de Mortal Kombat 1 um jogo muito mais direto ao ponto.
Cada Kameo tem um arsenal próprio de golpes de assistência, então cabe ao jogador utilizar aquele que melhor se adequar ao seu estilo de gameplay. O Kameo também participa de agarramentos e Fatal Blows, além de ter até mesmo um Fatality que faz homenagem aos jogos clássicos da série.
A ideia por trás dos Kameos vai além de estender combos. Eles também são muito úteis como ferramenta de jogo neutro — ou seja, quando ambos os jogadores estão buscando uma abertura. Eles também servem para deixar certas sequências, que normalmente seriam puníveis, completamente seguras ou até mesmo em vantagem quando defendidas.
Mas os Kameos são divertidos?
Um grande problema que é inerente a jogos de luta com assistências é o fato de que dificilmente os jogadores conseguem escolher os personagens que realmente gostam. Acaba por existir uma necessidade em escolher um Kameo que tenha sinergia com o personagem principal e isso pode tornar as partidas bastante repetitivas.
A parte mais interessante dos jogos de luta é criar uma identidade com seu personagem principal, mas infelizmente o sistema de Kameo faz com que esses lutadores secundários sejam reduzidos apenas às suas funções. Eles também podem ser chamados com bastante frequência, algo que pode tornar as lutas uma verdadeira bagunça.
Por esse motivo, não é de se estranhar que alguns jogadores sequer estejam utilizando o sistema de Kameos no Online Stress Test, pois preferem uma experiência mais tradicional — um contra um. O problema é que os Kameos estão no centro do novo design de gameplay e não utilizá-los é uma desvantagem gigantesca.
A princípio, a tela de seleção indica que haverá 16 lutadores Kameo selecionáveis na versão completa, em contrapartida a 24 lutadores do elenco principal. Fica a torcida para que os Kameos sejam variados e úteis o suficiente para evitar que apenas poucos deles sejam viáveis em combate.
Conclusão
Mortal Kombat 1 traz uma gameplay mais cadenciada e que busca privilegiar a criatividade com o seu sistema de Kameos. De primeira impressão, a experiência é muito mais intuitiva e direta ao ponto, mas é de se alertar que os Kameos podem facilmente cair na mesmice com poucos personagens se provando viáveis em partida.
O jogo busca remediar os problemas do seu antecessor e segue sendo bastante familiar aos fãs da franquia. Os visuais também são bastante agradáveis, pois seus cenários são muito mais ricos em cores para representar a nova era inaugurada por Liu Kang, que agora é Deus do Fogo na história do game.
Vale notar que todo o conteúdo do Online Stress Test está sujeito a alterações e nenhuma opinião é definitiva até o momento. Ainda assim, a experiência parece estar bastante polida e bem encaminhada para o seu lançamento em 19 de setembro no PC, PS5, Xbox Series e Nintendo Switch.