O ministro da Agricultura Carlos Fávaro (PSD) avaliou, nesta terça-feira (27), que o setor do agronegócio não aderiu à manifestação em favor ao ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), no último domingo (25), em São Paulo, embora o setor estivesse “alinhado” com a gestão passada. Fávaro atrelou a falta de apelo devido ao período de colheita e o bom trabalho executado pelo presidente Lula (PT), com vasto investimento e abertura de diversos mercados, potencializando a agropecuária brasileira.
Fávaro assumiu a pasta com a missão de pacificar o setor, que é a locomotiva do país. Em entrevista, o ministro disse que os empresários e produtores compreenderam que o petista têm se esforçado para melhorar as condições do setor.
“Não vi adesão nenhuma, acho que está todo mundo trabalhando, colhendo. É período de colheita, está todo mundo na roça e lavoura, colhendo. Não estava preocupado com esse tipo de manifestação, não. O setor compreendeu que a retórica política eleitoral que inseriram na cabeça dos produtores que o presidente Lula era incerteza para o setor, que poderia taxar exportações, que poderia trazer insegurança jurídica no campo. Esqueceram quem foi o presidente Lula governando o país no governo 1 e 2”, declarou ele.
Ricardo Stuckert
“Se está abrindo o mercado, se tem plano safra, se tem linha de crédito, se tem segurança jurídica, PAC acontecendo, obras de infraestrutura sendo lançadas, sendo executadas, as pessoas caem a consciência e falam, olha, de fato o governo está indo bem e cada vez mais prospero”, emendou.
Além disso, Fávaro citou que, em Mato Grosso, onde Bolsonaro tinha forte reduto eleitoral e estado onde foi o estopim das grandes manifestações contrárias ao resultado das urnas, Lula tem reduzido sua rejeição e ampliado a sua popularidade, tudo, segundo ele, “fruto do trabalho”. Em breve, o presidente deve iniciar visita aos estados produtores e fortalecer os projetos eleitorais nas principais cidades.
“O estado de Mato Grosso, por exemplo, foi o estado onde no mês de janeiro teve o maior crescimento da popularidade do presidente Lula dentro dos 27 estados e a diminuição também da rejeição. Cresceu 15% em Mato Grosso, só de popularidade do presidente Lula, e diminuiu 6% da rejeição, então é algo natural. Nada resiste ao trabalho, a transparência e a dedicação que o presidente Lula está tendo com o agronegócio”, finalizou.
No domingo, bolsonaristas foram para a Avenida Paulista, em São Paulo, em um ato coordenado de apoio ao ex-presidente, devido às recentes operações da Polícia Federal, que encontraram a “minuta do golpe”, projetada para uma virada de mesa, caso ele não fosse reeleito, porém, não obteve apoio. A bancada federal de Mato Grosso em grande maioria, marcou presença. Já lideranças do agro, preferiram agir de forma mais discreta.