Definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, a taxa está em 13,75% ao ano – o maior patamar em seis anos e meio. O presidente Lula voltou a cobrar nesta segunda-feira (19) a redução dos juros no Brasil. Ele também fez uma cobrança ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que, para o petista, precisa explicar ao povo e ao Senado por quais motivos a instituição não reduz a Taxa Selic.
Definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, a taxa está em 13,75% ao ano – o maior patamar em seis anos e meio.
“Apenas o juro precisa baixar, porque também não tem explicação. O presidente do Banco Central precisa explicar, não a mim, porque eu já sei o porque ele não baixa, mas ao povo brasileiro e ao Senado, por que ele não baixa [a taxa]”, disse.
A fala desta segunda-feira, feita em live transmitida nas redes sociais de Lula, é mais uma declaração do petista contra Campos Neto. Desde o início do ano, Lula e integrantes do governo e do PT vêm pressionando por cortes na Selic.
O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nesta semana para decidir sobre os juros.
Na semana passada, o presidente do BC afirmou que a queda dos juros futuros abria espaço para corte na taxa Selic “à frente”. “A curva de juros futuros tem tido queda relevante. Isso significa que o mercado está dando credibilidade ao que está sendo feito, o que abre espaço para atuação de política monetária à frente”, disse Campos Neto.
Entretanto, Campos Neto falou que o Banco Central precisa agir com “parcimônia” e que os juros não podem ser baixados de forma artificial, sob o risco de não se alcançar o resultado almejado.
Especialistas do mercado financeiro preveem que, na reunião desta semana, a taxa de juros deve ser mantida em 13,75%.
E que, a partir de agosto, comece a recuar – passando para 13,50% ao ano, um corte de 0,25 ponto percentual. A estimativa anterior do mercado era de que os juros começassem a cair somente em setembro desse ano
Arcabouço fiscal
Campos Neto disse que o mercado tem reagido bem ao arcabouço fiscal do governo, com queda de juros futuros e câmbio “andando na direção certa”. O arcabouço deve ser votado nesta semana no Senado.
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