O candidato à Prefeitura de Cuiabá, Lúdio Cabral (PT) minimizou a existência de infidelidade partidária dentro da Federação Brasil da Esperança, formada pelo PT, PV e PCdoB, para as eleições municipais de 6 de outubro. O petista vêm sofrendo um certo “desprestígio” por parte de candidatos a vereador do PV, que não assumem o seu projeto devido a preferência pelo líder nas pesquisas, Eduardo Botelho (União Brasil).
Por estarem federados, candidatos a vereador não podem, publicamente, pedir votos para outro candidato. Diante deste cenário, também acabam não “vestindo a camisa” do petista.
Rodinei Crescêncio
Lúdio, por sua vez, preferiu fazer “vistas grossas” e declarou não saber da existência de infiéis. Além disso, sustentou que precisa apenas do apoio do povo.
“Não sei se há algum candidato que eventualmente esteja pretendendo apoiar outro candidato. A minha tarefa é pedir voto para a população. As candidaturas proporcionais, a relação tem que se estabelecer a partir das direções partidárias. O candidato a prefeito tem que ir para a rua pedir voto do povo, porque é o povo que vai eleger a gente. Tem 400 mil eleitores em Cuiabá. É com essa população que eu tenho o dever de me encontrar”, disparou.
Enquanto os adversários mostram mobilizações, o petista tem sofrido para aglutinar aliados, que antes mesmo de ser oficializado como o candidato do grupo, já o consideravam radical. Lúdio afirmou que tem se movimentado e se esforçado.
“Nós queremos, lógico, ter um processo de mobilização coletiva em torno da nossa campanha. Estamos fazendo esse esforço, estamos buscando isso. Exatamente por isso, a gente tem conseguido nos posicionar bem”, completou.
Embora o petista não exponha publicamente a sua insatisfação, o diretório do PT tem se mobilizado para cobrar fidelidade dentro da Federação. Inclusive, existe a possibilidade de pedir ao Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) a cassação do registro dos infiéis.