Leis raquíticas dão “carta branca” a crime organizado, critica comandante da PM | …

O comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Alexandre Mendes, afirmou que casos como o das irmãs Rayane e Rithiele Alves, assassinadas durante salve em Porto Esperidião (a 322 km de Cuiabá), acontecem apenas em um país de leis raquíticas, sobre as quais o crime organizado cresce. Em um texto divulgado em suas redes sociais, o militar defendeu a necessidade de leis mais duras, a fim de que não haja impunidade para os responsáveis.

“A criminalidade é diretamente proporcional à impunidade. A decisão de amputar dedos, lacerar membros e transmitir em live a executação de mulheres indefesas, como vimos em Porto Espiridião, só acontece num país cujas leis e seu cumprimento são tão raquíticas que servem de carta branca ao crime organizado. Disso podemos concluir que se quisermos acabar com essas atrocidades devemos acabar com a impunidade”, apontou.

Rodinei Crescêncio/RDNews

Coronel Alexandre Mendes - Comandante da PM de MT

Mendes destacou outras ocorrências em municípios mato-grossenses que envolvem o crime organizado. Mesmo que reconheça que é dever do Estado em manter a segurança pública para a população, o comandante defendeu a existência de legislações mais duras para coibir o crescimento.

“Se fracassa a lei em coibir, fracassam também pais e toda uma malha de proteção social que previne o crime e protege nossas crianças. Da mãe que embala o recém-nascido ao legislador, passando pelo policial ou professor, essa é uma guerra a ser combatida cada qual em seu front”, pontuou.

O comandante finalizou que a Polícia Militar segue em função de defender o cidadão de bem, não medindo esforços em inteligência e patrulhamento.

Além do homicídio das irmãs Alves, oriundo de guerra de facções, outros seis faccionados foram mortos em confronto com a polícia nesta quinta-feira (19), em Vila Bela da Santíssima Trindade (a 522 km de Cuiabá).



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