Kamala Harris afirma ter delegados suficientes para ser nomeada candidata à Presidência e se diz 'honrada'


Vice-presidente dos EUA divulgou comunicado em suas redes sociais em que agradece apoio do Partido Democrata e critica Donald Trump. Kamala Harris durante discurso na Casa Branca, em 22 de julho de 2024
REUTERS/Nathan Howard
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, publicou em suas redes sociais um comunicado em que afirma ser a “nomeada democrata presuntiva à Presidência” dos EUA e se disse honrada por ter conquistado o apoio necessário do partido para concorrer à Casa Branca.
“Quando eu anuinciei minha campanha para presidente, eu disse que queria conquistar essa nomeação. Nesta noite (madrugada de terça, 23, em Brasília), me sinto honrada em ter assegurado o amplo apoio necessário para me tornar a nomeada do partido”, escreveu, em um comunicado divulgado na plataforma X.
Ela agradeceu ao apoio dos delegados da Califórnia, Estado onde nasceu e iniciou sua trajetória política, e ao presidente, Joe Biden.
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Ela disse que viajaria o país em campanha e usou a nota para criticar Trump.
“Esta eleição vai apresentar uma clara escolha entre duas visões diferentes. Donald Trump quer levar o nbosso país de volta para um tempo antes do qual muitos de nós tínhamos liberdades totais e direitos iguais. Eu acredito em um futuro que fortalece nossa democracia, proteje os nossos direitos reprodutivos e garante que todas as pessoas tenham a oportunidade não só de sobreviver, ams de ir adiante.”
A agência de notícias Associated Press ouviu delegados democratas que irão votar para escolher o candidato do partido na eleição presidencial de novembro. Às 23h desta segunda-feira (22), Kamala alcançou a marca de 2.579 delegados — são necessários 1.976 para a nomeação.
O levantamento da AP foi baseado em entrevistas individuais, além de declarações públicas de delegados e comitês estaduais. Além disso, a pesquisa identificou 54 indecisos. Apesar de não serem oficiais, os dados foram comemorados pela campanha de Kamala.
Os delegados representam a vontade dos membros do Partido Democrata de cada estado norte-americano durante as primárias. Esse processo aconteceu no começo do ano e foi vencido pelo presidente Joe Biden.
Como o presidente desistiu de concorrer à reeleição após pressões, as atenções se voltaram para Kamala. Lideranças democratas e o próprio Biden anunciaram que a apoiariam para ser a candidata.
O presidente do Comitê Nacional Democrata afirmou que o nome do partido para disputar a eleição presidencial será anunciado até o dia 7 de agosto. Uma votação virtual com os delegados pode acontecer a partir do dia 1º.
Já a convenção do Partido Democrata está marcada para ocorrer entre os dias 19 e 22 de agosto. O evento oficializará o candidato que disputará a eleição.
Ainda nesta segunda-feira, Kamala fez um discurso em um evento de campanha com tom de candidata. Ela criticou Trump e disse que “sabe lidar com criminosos”.
“Enfrentei criminosos de todos os tipos: predadores que abusaram de mulheres, fraudadores que enganaram consumidores, trapaceiros que quebraram as regras para seu próprio benefício. Então, ouçam-me quando digo: eu conheço o tipo de Donald Trump.”
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Dois dos principais concorrentes de Kamala Harris à Casa Branca dentro do Partido Democrata desistiram da disputa e anunciaram apoio à atual vice-presidente.
Nesta segunda-feira (22), Gretchen Whitmer, governadora do estado do Michigan, e J. B. Pritzker, de Illinois, passaram a apoiar o nome de Harris para encabeçar a chapa democrata contra Donald Trump.
Com isso, já são cinco os nomes de pré-candidatos democratas que apoiam Kamala Harris abertamente. Os outros são:
Gavin Newsom, governador da Califórnia;
Josh Shapiro, governador da Pensilvânia;
Dean Phillips, deputado por Minnesota.
O senador de Ohio Sherrod Brown também era um nome cotado para concorrer contra Harris dentro do partido, mas ainda não se manifestou.
Entretanto, nomes importantes do partido, como o ex-presidente Barack Obama, o senador Chuck Schumer e o delegado Hakeem Jeffries — os democratas mais importantes no Congresso —, se mantêm neutros em relação à sucessão de Biden.
Entenda caminho para escolha de novo candidato democrata após desistência de Joe Biden em 21 de julho de 2024.
Kayan Albertin/Equipe de arte g1
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