Segundo apurou o blog, a mesma decisão que levou à apreensão do celular de Marcelo Vieira autoriza PF a analisar chamadas, troca de mensagens e outros dados do aparelho. Conjunto de joias avaliadas em R$ 16,5 milhões apreendido pela Receita
Amanda Perobelli/Reuters
O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) afastou o sigilo telefônico/telemático do telefone celular de Marcelo da Silva Vieira, chefe do Gabinete de Documentação Histórica (GADH) da Presidência da República durante o mandato de Jair Bolsonaro (PL), e autorizou a Polícia Federal (PF) a elaborar laudo pericial sobre o conteúdo encontrado, segundo apurou o blog.
A quebra do sigilo é parte da investigação do caso das joias sauditas recebidas por integrantes do governo Bolsonaro, e foi autorizada na mesma decisão que permitiu à PF realizar buscas na casa de Vieira para apreender seu celular, o que aconteceu na manhã desta sexta-feira (12).
PF faz buscas contra ex-funcionário da Presidência no caso das joias
Em depoimento à PF no mês passado, Vieira afirmou que o ex-presidente Bolsonaro participou de um telefonema sobre um ofício feito pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, para tentar resgatar as joias sauditas, que haviam sido apreendidas pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos.
À PF, Vieira disse que todas as tratativas entre ele e Cid aconteceram por WhatsApp ou ligações telefônicas, e não por vias oficiais.
O advogado Luiz Eduardo Kuntz, que defende Marcelo Vieira, disse ao g1 que ficou “surpreso com a invasão dos direitos de Vieira depois que ele prestou um depoimento de seis horas e foi colaborativo”. “Ele mostrou o celular para os policiais que o interrogaram, e, não satisfeitos, tiramos print e entregamos aos investigadores”, declarou.
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