Foi marcado para quinta-feira (25) o júri popular de Maroan Fernandes Haidar Ahmedo, acusado de matar a tiros Fábio Batista da Silva, de 41 anos, em um posto de combustíveis em Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá), em 2018. A data do julgamento foi marcada pelo juiz Wagner Plaza Machado Junior, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Rondonópolis.
Maroan está preso em Florianópolis (SC). Ele foi detido em janeiro deste ano por tráfico de drogas e associação criminosa. Por causa disso, o julgamento ocorrerá de forma híbrida – presencial e online. Maroan será ouvido por videoconferência.
“Não se pode olvidar do risco à segurança pública e do desnecessário dispêndio de dinheiro público para deslocamento do réu para participação na sessão do Tribunal do Júri de forma física, especialmente porque a modalidade de audiências e sessões de julgamento por videoconferência não conferem prejuízo à defesa, desde que assegurado o direito de entrevista prévia e reservada com o seu defensor (…) e o acesso a canais telefônicos reservados para comunicação entre o defensor que esteja no presídio e o advogado presente na sala de audiência do Fórum, e entre este e o preso”, diz trecho da decisão.
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Além disso, há indícios de que o réu integra organização criminosa e responde a ação penal na Comarca de Florianópolis (SC), precisando ficar na região que está a aproximadamente 1.800 km de distância de Rondonópolis. Maroan responde, ainda, a dois outros processos criminais de homicídio na cidade de Aparecida de Goiânia (Goiás) e Ponta Porã (MS).
Por fim, o magistrado afirma que como não foi o Estado que levou o réu para Florianópolis, e sim ele quem fugiu duas vezes, não há justificativa para usar o dinheiro público.
O crime
Na ocasião do crime, o acusado chegou ao posto de combustível em uma caminhonete Amarok e deixou o veículo com o farol alto ligado, em direção às pessoas que estavam na conveniência.
Segundo relatos e a investigação, a vítima estava em uma das mesas e pediu para que Maroan abaixasse a luz alta. Houve, então, uma discussão e Fábio foi atingido por um disparo de arma de fogo. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Em março de 2020, o Tribunal de Justiça mandou soltar e colocar tornozeleira em Maroan, que estava respondendo pelo crime solto, mas descumpriu medidas cautelares. Em janeiro de 2019 na condição de foragido, publicou stories no Facebook em região paradisíaca, mas apagou o perfil após a repercusssão.
Nas imagens, aparecia dentro de um barco, no mar, em uma região que não é mencionada por ele nas fotografias. Em uma das imagens, o rapaz exibe uma travessa de camarões. Em outra, é possível ver uma lata de bebida.