O juiz Wagner Plaza, da Comarca de Rondonópolis (a 212 km ao sul de Cuiabá), adiou o júri popular de Maroan Fernandes Haidar Ahmed, acusado de matar o empresário Fábio Batista da Silva em um posto de combustível após uma briga por farol alto. Quase cinco anos depois, Maruan estava em julgamento nesta segunda-feira (19).
A suspensão foi publicada nesta segunda (19), logo após ser anexada aos autos a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que analisa habeas corpus solicitado pela defesa do réu.

“Durante a oitiva da segunda testemunha de defesa aportou aos autos decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no Habeas Corpus 229271/MT, determinando a suspensão de sessão de julgamento em Plenário até que o HC 822.130/MT seja analisado e decidido pela Corte Superior”, diz trecho de decisão.
O julgamento do HC no STJ está agendado para ocorrer entre os dias 20 e 26 de junho.
No entando, o magistrado argumentou que, considerando que o motivo da suspensão não é resultado de uma solicitação da defesa e que os fundamentos para a prisão processual anteriormente decretada continuam válidos, Maroan continuará preso.
O caso
Fábio morreu após ser baleado na madrugada 18 de novembro de 2018 em um estabelecimento comercial na avenida Lions Internacional, Vila Aurora. Conforme informações de testemunhas, a vítima estava em uma mesa no comércio, quando o condutor de uma caminhonete Amarok de cor branca se aproximou e deixou o veículo com o farol alto em direção às pessoas que estavam no estabelecimento.
A vítima teria ido até o motorista e pedido para ele abaixar o farol, momento em que houve uma pequena discussão e, quando a vítima estava retornando para a mesa, foi alvejada por um disparo de arma de fogo que teria sido desferido pelo motorista da Amarok.
Fábio não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local. A vítima deixou três filhos menores de idade.
