Juiz acolhe denúncia, afasta ocultação de cadáver e habilita filha na acusação | …

O Juiz Wladymir Perri, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, recebeu denúncia do Ministério Público Estadual (MPE-MT) contra Almir Monteiro dos Reis, acusado de matar brutalmente a advogada Cristiane Castrillon, 48 anos, em Cuiabá. O promotor de Justiça Jorge Paulo Damante Pereira, da 2ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital, denunicou o ex-policial pelos crimes de estupro, fraude processual, feminicídio e ocultação de cadáver. Na decisão assinada nesta quinta-feira (7), o magistrado indeferiu a ocultação de cadáver. 

Luis Vinicius/Rdnews

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Perri também determinou que a filha da vítima seja assistente de acusação durante o processo. “Quanto ao pedido de habilitação como assistente de acusação da filha da vítima, hei de deferir a pretensão, justamente pelo grau de parentesco existente com a vítima, dessa forma, dou por habilitado seus advogados para atuarem no presente feito eletrônico, para tanto, deverá proceder com as devidas anotações”, escreveu o juiz.

Ao analisar o documento, o magistrado recusou denúncia de ocultação de cadáver, argumentando que ao deixar o corpo da vítima em um carro no Parque das Águas, Almir não teria ocultado o cadáver de Cristiane e sim o abandonado.

“O fato de ter havido um mero transporte do corpo da vítima de homicídio, de um local para outro, com o seu abandono em uma via pública, não configura a conduta “”ocultar cadáver””, devendo, quando muito, ser considerado quando da dosimetria da pena, como circunstância judicial, no caso de uma eventual condenação pelo crime de homicídio”, explicou ele. 

Além disso, Perri determinou que Almir seja submetido a uma avaliação psicológica. Assim como retirou segredo de Justiça de qualquer tramitação do processo.

Prisão

Almir está preso preventivamente na Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães. No primeiro momento ele foi levado à ala especial para policiais militares, mas teve tratamento suspenso após pressão do MPE, que apontou as circunstâncias do crime como elementos para que o denunciado não tivesse tratamento diferenciado.  No dia 24 de agosto ele foi indiciado pela Polícia Civil

O caso

O corpo de Cristiane foi encontrado dentro do seu Jeep Renegade, próximo ao Parque das Águas, em 13 de agosto. As investigações apontaram que ela foi vítima de estupro e tinha lesões coporais em todo o corpo. E teria sido brutalmente morta asfixiada por se negar a fazer sexo. 

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Almir, preso no dia seguinte, primeiramente negou o crime e disse à imprensa que Cristiane tinha caído e batido a cabeça. Em depoimento oficial, optou pelo silêncio, contudo, horas antes apresentou versões contraditórias sobre o ocorrido. Na noite do mesmo dia ele teve a prisão em flagrante convertida para preventiva.

O suspeito e a vítima se conheceram na noite do sábado (12) em um bar próximo à Arena Pantanal. Logo depois, eles foram juntos para casa de Almir. Entretanto, os familiares ficaram preocupados porque eles não obtiveram notícias da advogada e ela não havia voltado para casa até o final da tarde de domingo. Então, o irmão dela conseguiu acessar um aplicativo de rastreamento do celular e localizou o carro dela no Parque das Águas. Ao chegar ao local, o irmao encontrou Cristiane desacordada no banco do passageiro. Ele a pegou e encaminhou para o Hospital Jardim Cuiabá, onde a morte dela foi confirmada.



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