Janja diz que ex-primeira-dama da Argentina foi vítima de 'inaceitável' caso de violência doméstica


Ex-presidente da Argentina foi denunciado pela ex-primeira-dama Fabiola Yañez. Ela afirmou que era alvo de episódios diários de violência. O ex-presidente argentino Alberto Fernández é acusado de agredir a ex-primeira dama Fabiola Yañez
Ng Han Guan/AP; Reprodução/Infobae
A primeira-dama Janja da Silva disse, em entrevista exclusiva ao blog, que ainda não tinha se manifestado sobre o “inaceitável” caso de violência doméstica sofrido pela ex-primeira dama da Argentina “em respeito à privacidade da mesma”. É a primeira vez que ela se manifesta sobre o episódio.
“Meu contato foi feito diretamente com Fabíola, por telefone, assim que fiquei sabendo do caso. À ela, prestei minha solidariedade e meu apoio, assim como minha indignação nesse momento. As mulheres vitimas de violência já se encontram em situação de vulnerabilidade pela própria violência sofrida e, muitas vezes, difícil de ser aceita até o momento da denúncia. Justamente por termos uma relação de amizade, decidi não expor ainda mais sua intimidade”.
Alberto Fernández, ex-presidente da Argentina, foi formalmente acusado por lesões graves, ameaças e abuso de poder contra a ex-mulher.
A ex-primeira-dama argentina Fabiola Yañez denunciou o ex-presidente por violência doméstica no início de agosto. Fernández chegou a ser alvo de buscas e teve o passaporte cassado. Ele nega o crime.
Janja disse ainda que tem o compromisso de combater todos os tipos de violência de gênero. “Sigo de mãos dadas com todas as mulheres, lutando para construirmos um mundo onde as mulheres vivam em segurança e onde nenhuma violência seja tolerada!”
Entenda a denúncia
Alberto Fernández e a ex-primeira-dama Fabíola Yañez, em imagem de 2021
Andrew Medichini/AP
Yañez, de 43 anos, e Fernández, de 65, noivaram em 2016 e tiveram um filho em 2022, chamado Francisco. Atualmente, a ex-primeira-dama vive em Madri com o filho, enquanto o ex-presidente mora em Buenos Aires.
A agência AFP informou que a denúncia surgiu após o vazamento para a imprensa de mensagens entre Yañez e a secretária particular de Fernández, María Cantero. Nestas mensagens, a ex-primeira-dama teria relatado agressões sofridas do então presidente, inclusive com fotografias.
Além disso, o celular da secretária passou por uma perícia durante as investigações de um outro caso que envolve Fernández. O ex-presidente é suspeito de envolvimento em um esquema de corrupção durante o governo dele.
O advogado de Fabiola Yañez, Juan Pablo Fioribello, afirmou que a ex-primeira-dama entrou em contato com o juiz Julián Ercolini para denunciar as agressões. O magistrado é o mesmo que acompanha as investigações de corrupção.
Em uma audiência no dia 13 de agosto, Yañez afirmou que era alvo de episódios diários de violência reprodutiva, institucional, verbal, física e doméstica, além de constantes traições. Ela também disse que foi forçada por Fernández a fazer um aborto.
O Ministério Público da Argentina também determinou que outras quatros pressoas sejam ouvidas como testemunhas no caso, incluindo uma ex-secretária de Fernández e um médico que cuidava da saúde da família.

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