No último dia 29 de fevereiro, militares israelenses abriram fogo contra multidão em Gaza; 115 pessoas morreram, segundo o Hamas, que controla o território. Mais de cem pessoas morrem durante distribuição de ajuda humanitária em Gaza
O Exército de Israel afirmou nesta sexta-feira que sua análise do que aconteceu em 29 de fevereiro em Gaza, quando, segundo o Hamas, 115 pessoas morreram durante uma distribuição de ajuda humanitária, mostra que os soldados “atiraram com precisão contra vários suspeitos”.
“A análise realizada pelo comando revelou que as tropas não atiraram contra o comboio humanitário, e sim que atiraram contra vários suspeitos que se aproximaram dos soldados e representavam uma ameaça”, afirmou o Exército em um comunicado.
O incidente ocorreu no último dia 29 de fevereiro. O governo do Hamas acusou soldados israelenses que intermediavam a distribuição de abrir fogo contra palestinos. Em um primeiro momento, as Forças Armadas de Israel disseram apenas que houve “empurrões e correria”, com mortos e feridos.
Além dos mortos, mas de 700 pessoas ficaram feridas, de acordo com o governo de Gaza, controlado pelo Hamas
Na semana passada, uma autoridade do governo de Israel disse à agência de notícias Reuters, sob condição de anonimat, que as tropas israelenses dispararam diversas vezes porque os soldados teriam se sentido ameaçados. O jornal americano “New York Times” publicou um relato semelhante, também sem revelar a identidade da autoridade israelense.
“Fomos buscar comida e eles começaram a atirar”, disse um palestino que estava no local. “Fomos surpreendidos por tanques israelenses que abriram fogo”, afirmou outro. Veja os relatos no vídeo abaixo.
O secretário-geral da ONU afirmou que o caso precisa ter uma investigação independente.
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