Militares afirmaram terem matado terroristas e apreendido armas e documentos de inteligência. Palestinos dizem que cenário da região é de destruição. Ataque israelense na região do Hospital Al-Shifa em 21 de março de 2024
REUTERS/Dawoud Abu Alkas
Israel anunciou ter deixado a região do Hospital de Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, após o término de uma operação militar que durou duas semanas. Os militares anunciaram a conclusão da ação nesta segunda-feira (1º).
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O complexo hospitalar foi invadido por soldados israelenses no dia 18 de março. À época, autoridades palestinas disseram que a operação deixou vítimas e provocou um incêndio em um dos prédios. Já Israel afirmou que havia pedido para que a população civil para deixasse a área.
Em comunicado publicado nesta segunda-feira, as Forças de Defesa de Israel afirmaram que fizeram uma varredura no hospital, aprendendo armas e documentos de inteligência. Os militares disseram ainda que terroristas foram mortos durante a operação.
Ainda segundo o exército israelense, a operação foi conduzida ao mesmo tempo em que se “evitava danos a civis, pacientes e equipes médicas”.
Segundo a Associated Press, logo após a saída dos militares israelenses da região, centenas de pessoas retornaram para a área do Hospital Al-Shifa. Testemunhas afirmaram que corpos foram encontrados dentro e fora do complexo.
Mohammed Mahdi, um dos que retornaram à região do hospital, disse à AP que o cenário encontrado foi de completa destruição. Já Yahia Abu Auf afirmou que vários pacientes foram encaminhados para outro hospital da região.
“A situação é indescritível”, disse Auf. “A ocupação destruiu todo o sentido de vida aqui.”
Enquanto a operação estava em andamento, Israel afirmou que matou 170 homens armados na região do Hospital Al-Shifa. Já o Hamas acusou os israelenses de terem matado 240 pacientes.
Até a publicação desta reportagem um novo balanço não havia sido divulgado.
Antes mesmo da operação no Al-Shifa, Israel acusava o Hamas de usar estruturas como hospitais para fins militares.
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