Abbas Araghchi disse que artefatos ‘destruidores de bunkers’ foram usados por Israel em áreas residenciais do Líbano. Estados Unidos afirmaram que não têm relação com o ataque. Israel bombardeia Beirute; nuvem de fumaça é vista na capital do Líbano
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, acusou Israel de usar várias bombas “destruidoras de bunkers” dos Estados Unidos para atacar o Líbano nesta sexta-feira (27). A capital, Beirute, esteve entre os alvos dos bombardeios.
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Fontes ouvidas pela Reuters disseram que o bombardeio israelense tinha como objetivo atingir Hassan Nasrallah, que é o chefe do grupo Hezbollah. A agência disse ainda que uma pessoa próxima ao grupo extremista relatou que a organização perdeu o contato com Nasrallah.
Abbas Araghchi discursou em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o Oriente Médio, nesta sexta-feira.
“Hoje de manhã, o regime israelense usou várias bombas destruidoras de bunkers que foram dadas a eles pelos Estados Unidos para atingir áreas residenciais em Beirute”, disse.
Os Estados Unidos afirmaram que não têm relação com o ataque e não tinham conhecimento prévio da operação lançada por Israel.
Na madrugada de sábado (28), pelo horário local — noite de sexta-feira (27), no Brasil — novas explosões foram reportadas em Beirute. Israel afirmou que estava bombardeando alvos com armamento do Hezbollah. O grupo extremista negou que tenha armas nos locais atacados.
O chanceler do Irã disse que o país estará ao lado do Líbano e fornecerá resistência “em todos os sentidos”.
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Abbas Araghchi, ministro das Relações Exteriores do Irã, em 25 de setembro de 2024
REUTERS/David Dee Delgado
700 mortes
Só nesta semana, 700 pessoas morreram no Líbano em ataques, segundo as autoridades do país. Além dos seis mortos no bombardeio a Beirute, outras 25 pessoas perderam a vida em ataques no sul do país, incluindo quatro crianças.
Do outro lado, as forças israelenses disseram que o Hezbollah lançou mísseis contra a cidade de Haifa, a terceira maior de Israel.
Ainda em Israel, milhares de pessoas que vivem no norte do país tiveram de deixar suas casas por conta dos lançamentos de mísseis e foguetes pelo Hezbollah — o governo israelense prometeu que a nova fase no conflito só terminará quando os moradores conseguirem retornar com segurança.
Netanyahu rejeitou na quinta (26) uma proposta de cessar-fogo de 21 dias conjunta feita por diversos países, entre eles os Estados Unidos, o Reino Unido e os Emirados Árabes.
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