A investigadora K.C.R., de 39 anos, acusada de atirar no marido, o delegado B.L.B, de 47, durante uma discussão na tarde de segunda-feira (12), em Chapada dos Guimarães (64 quilômetros de Cuiabá), nega que tenha disparado contra ele e afirma ser vítima de violência doméstica desde o início do casamento.
No registro do boletim de ocorrência, a investigadora disse à polícia que desde o início do casamento, há um ano e um mês, ela vem sofrendo violência doméstica física, psicológica, emocional e financeira por parte do marido e que ele é extremamente ciumento, inclusive já teria a agredido na frente do filho dela, de 14 anos e de outros familiares.
Rodinei Crescêncio
Segundo ela, na segunda-feira (12), ela foi agredida na frente da mãe e do padrasto porque o marido estava com ciúmes do padrasto. Em determinado momento, ele disparou três vezes com a arma de fogo. Ela disse que iria registrar um boletim de ocorrência contra ele, mas, de acordo com ela, ele foi até a delegacia primeiro e registrou como se ela tivesse tentado contra a vida dele.
Já no boletim de ocorrência registrado pelo delegado, ele relata que estava em uma casa na cidade de Chapada dos Guimarães com a esposa quando decidiu ir para Cuiabá e ela disse que iria junto, mas durante o trajeto ela teria pedido para ficar em casa com a mãe e eles resolveram voltar.
Segundo o delegado, ao chegar no local ele pediu que a esposa saísse do carro e a mesma não aceitou a ordem e sacou a arma do porta-luvas, disparando contra ele em seguida. Ele ainda afirma que a sogra não só presenciou a cena, como pegou a arma da mão da filha e também atirou contra ele.
O casal foi ouvido na Delegacia de Chapada dos Guimarães pelo delegado plantonista, assim como a mãe da investigadora, que presenciou a cena.
A Corregedoria-Geral da Polícia Civil foi acionada e compareceu à delegacia, sendo instaurado procedimento para apurar a conduta das partes envolvidas, as circunstâncias do fato e adoção das providências cabíveis ao caso.
A Polícia Civil acompanha o caso.