Inflação do aluguel recua de novo, e acordos que vencem em junho não sofrerão reajuste

Imagem: casas Inflação do Aluguel recua de novo, e contratos que vencem em junho não sofrerão reajuste
Trabalhadores poderão usar recursos futuros do FGTS para financiamentos imobiliários
DIVULGAÇÃO/MDR

Os contratos de aluguel com vencimento no mês de junho não terão reajuste, de acordo com dados do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) apresentados nesta terça-feira (30) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

A informação surge após o indicador responsável pelo reajuste da maioria das locações vigentes no Brasil apresentando variação negativa de 1,84% no mês de maio e acumulando queda de 4,47% nos últimos 12 meses. Trata-se do menor patamar da história do indicador, apurado desde maio de 1990.

O percentual em questão é aquele que seria repassado às locações com aniversário de vencimento no próximo mês. No entanto, a maior parte dos contratos possui cláusulas que barram o reajuste negativo do indicador, o que deve ocasionar a manutenção do valor pago atualmente.

O resultado correspondeu à segunda baixa consecutiva seguindo pelo índice, o que não era visto na economia nacional desde o início de 2018. Os contratos vencidos neste mês de maio também não garantiram reajuste, após a queda anual de 2,17% do IGP-M .

A recente variação negativa da permanência do aluguel mantém a tendência de queda apurada desde maio de 2021, quando o indicador apresentou oscilação de 37% para as locações que venceriam no mês seguinte. Em abril do ano passado, o IGP-M subiu 1,41% e o índice acumulado no período anual foi de 14,7%, percentual repassado aos contratos de maio de 2022.

O cálculo do IGP-M leva em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola e industrial e na construção civil. Por isso, a variação é diferente da emissão pela influência oficial, que calcula os preços com base em uma cesta de bens determinados para famílias com de até 40 choques mínimos.

André Braz, coordenador dos índices de preços do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), explica que a deflação foi influenciada pela redução dos preços de cinco grandes commodities (matérias-primas), que juntas respondem por aproximadamente um quarto do peso total do IPA ( Índice de Preços ao Produtor Amplo). “Vale citar o comportamento dos preços do minério de ferro (de -4,41% para -13,26%) e da soja (de -9,34% para -9,4%)”, afirma ele.

A principal contribuição para esse resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 0,65% para -0,64%, no mesmo período. O índice relativo a bens finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,09% em maio, após alta de 0,80% no mês anterior.

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