Thaís Fávaro
O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) avaliou, nesta terça-feira (12), que a indefinição quanto ao nome do PT e da Federação Brasil da Esperança, “travam” a construção e fortalecimento de alianças partidárias para as eleições municipais do próximo ano.
O petista se colocou como pré-candidato a Cuiabá e deve disputar internamente com a ex-federal, Rosa Neide, para ser o representante do partido. O cenário se complica quando há a necessidade de se encontrar um consenso na Federação, que até o momento, tem apenas o atual vice-prefeito, José Stopa (PV), resistindo ao sonho petista.
Lúdio explicou que aguarda tratar sobre o assunto com lideranças do PT na Capital, e no Estado, citando o deputado Valdir Barranco. Entretanto, a Executiva Nacional cobra celeridade no processo, e quer o nome do partido até o mês de outubro, para abrir diálogo com as siglas que compõe a Federação e definir o melhor projeto.
“Não tenho pressa, quem tem é o Diretório Nacional, que estabeleceu que até outubro quer que nas Capitais, o PT defina os seus nomes para poder levar à Federação. Então é importante que nós tomemos uma decisão madura e serena aqui em Cuiabá, dentro desse prazo estabelecido pela Nacional”, ponderou.
Durante entrevista à imprensa, Lúdio foi questionado sobre a possibilidade de aliança com o PSB, liderado em Mato Grosso pelo também deputado, Max Russi. Ele frisou que as tratativas de maneira “formal”, não ocorreram por não ser o candidato oficial do partido e nem da Federação, o que emperram as articulações.
“Do ponto de vista formal, há etapas a serem superadas, primeira dessas etapas é a definição interna no PT, depois, a definição na Federação. Aí o passo seguinte é o diálogo com os partidos que estão dentro do arco”, salientou.
O deputado surge nas pesquisas como o melhor nome da Federação para a Capital, e defende que o projeto caminhe distante da atual gestão. A decisão afeta diretamente um “aliado” federado, que conta com a força da máquina e não abre mão de disputar a sucessão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
O petista defende que a batalha eleitoral tenha a cidade como o principal foco dos candidatos, buscando soluções efetivas e práticas, e não apenas um discurso vazio e ideológico, sustentado pela “polarização” entre esquerda e direita.