O feijão-carioca, que é o tipo mais consumido no Brasil e pode impactar diretamente
Agrolink
– Leonardo Gottems
A expectativa é de que a quantidade final atribuída ao feijão-carioca possa ser um pouco maior – Foto: Divulgação
Recentemente, a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) atualizou suas previsões para a colheita de feijão no Brasil, estimando um total de 3,33 milhões de toneladas. Essa atualização traz importantes implicações para o mercado interno e a dinâmica de abastecimento dos diferentes tipos de feijão, conforme análise do Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (IBRAFE).
O feijão-carioca, que é o tipo mais consumido no Brasil e pode impactar diretamente o mercado, apresentará uma redução de 57 mil toneladas em comparação ao ano anterior. Essa queda pode gerar uma pressão de oferta sobre esse tipo específico de feijão, podendo levar a possíveis aumentos de preços no curto prazo. Por outro lado, a produção de feijão-preto e feijão-caupi registrou aumentos significativos. A produção de feijão-preto aumentou em 220 mil toneladas, enquanto o feijão-caupi teve um incremento de 128 mil toneladas. Esses aumentos são positivos para o mercado, pois ajudam a compensar a redução do feijão-carioca e a diversificar a oferta de feijões no país.
Apesar das variações na produção dos diferentes tipos de feijão, a expectativa é de que a quantidade final atribuída ao feijão-carioca possa ser um pouco maior do que o previsto inicialmente. No entanto, qualquer aumento não deve ser suficiente para alterar drasticamente a tendência atual do mercado. O impacto dessas mudanças será mais claramente observado nos meses de outubro e novembro. Até lá, o mercado de feijão deve se ajustar às novas quantidades disponíveis, com possíveis variações de preços e ajustes na oferta conforme a demanda dos consumidores.