Ilustração
O réu Paulo Mariano foi condenado a 17 anos de prisão pelo feminicídio cometido contra a sua esposa Zildenete Auxiliadora Duarte, em dezembro de 2022, em Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá). Os jurados reconheceram as qualificadoras apresentadas pelo Ministério Público, acolhendo a tese de que o crime foi cometido por motivo torpe, com a utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima e em razão de violência doméstica e familiar.
Com base na alegação, a defesa do réu tentou convencer os jurados de que o homicídio teria sido cometido em razão de injusta provocação da vítima, mas a tese não foi acolhida. O réu foi preso em flagrante, mas na sentença de pronúncia teve a sua liberdade concedida, com a condeção, agora é consiserado foragido.
De acordo com a denúncia do MPMT, a vítima foi atingida com diversos golpes de faca nas costas e no peito enquanto dormia, no dia 14 de dezembro, por volta da meia-noite. O réu, conforme apurado durante as investigações, agiu de forma premeditada e com a intenção de se vingar da vítima.
Ele alegou que antes do crime, os dois tinham discutido e a vítima o havia agredido. O julgamento teve atuação em plenário da promotora de Justiça Substituta, Ana Flavia de Assis Ribeiro.
O crime
Zildinete Auxiliadora Duarte, de 55 anos, morreu ao ser esfaqueada enquanto dormia. Consta no boletim de ocorrência que a Polícia Militar recebeu um chamado por volta da 00h10. O denunciante dizia que havia acabado de matar a esposa.
O homem relatou que, ao chegar em casa, sua mulher teve uma crise de ciúmes e o esfaqueou nas costas e na cabeça dizendo que iria matá-lo. Ele disse que esperou ela dormir e a matou esfaqueada com 3 golpes, sendo dois nas costas e um no peito. O suspeito disse ainda que, frequentemente, estava sendo ameaçado e agredido por ela e, por isso, decidiu tomar atitude de cometer o crime.