A equipe econômica tem como prioridade, neste início de segundo semestre, finalizar a votação de projetos e garantir a aprovação de medidas para assegurar recursos ao Tesouro Nacional neste e no próximo ano, a fim de cumprir as metas de fechar 2023 com déficit perto de 1% do PIB, e zerar o do ano que vem.
Nesta linha, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai se reunir com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), além de líderes partidários.
Haddad quer finalizar ainda em agosto a votação do novo marco fiscal e do projeto que recria o voto de desempate para o governo em julgamentos do Carf.
A prioridade do ministro, porém, é começar a negociar outros projetos, como a taxação de fundos exclusivos, hoje isentos de Imposto de Renda, para garantir cerca de R$ 130 bilhões aos cofres da União no ano que vem.
Essa receita é fundamental para garantir o cumprimento da meta de zerar o déficit público em 2024.
Dentro do governo, uma ala avalia que a meta corre risco caso o governo não aprove todos os projetos de geração de receitas, que precisam ser receber aval do Congresso ainda neste ano.
Por isso, chegou a defender uma mudança no projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias, alterando a meta fiscal para 2024. O Ministério da Fazenda, contudo, foi contra essa mudança e quer perseguir e cumprir esse objetivo.
Para a equipe de Fernando Haddad, zerar o déficit no ano que vem fará o governo Lula ganhar ainda mais credibilidade na área econômica, pavimentando o caminho para aumento de investimentos no país. E, com isso, elevar o crescimento da economia.
O ministro da Fazenda confia nas negociações com o Senado e Câmara para aprovar suas propostas de geração de receitas ainda neste ano.
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