Governo tenta esvaziar pedido de CPMI dos Atos Golpistas até a próxima reunião do Congresso

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está articulando uma estratégia para retirar assinaturas do requerimento de criação da CPMI dos Atos Golpistas até a próxima reunião do Congresso, quando o texto tem de ser lido.
O requerimento protocolado contava com o apoio de 189 deputados e 33 senadores, mais do que o mínimo necessário (171 na Câmara e 27 no Senado).
Os parlamentares que tentam instalar a CPI contam com essa vantagem de 18 deputados e 6 senadores para garantir que o requerimento seja mantido. Enquanto isso, articuladores políticos do Planalto tentam reverter adesões de deputados aliados de Lula.
Em entrevista ainda no mês de janeiro, Lula afirmou que uma eventual CPI sobre os atos golpistas poderia “criar uma confusão tremenda” – relembre abaixo:
Lula: CPI sobre atos golpistas ‘pode criar uma confusão tremenda’
O presidente é contra a abertura da CPMI por avaliar que a comissão acabaria tumultuando o funcionamento do Congresso. O governo quer “foco total” na votação de temas de interesse do Executivo, como medidas das áreas social e econômica.
A oposição, enquanto isso, quer transformar a comissão em um palco para atacar o atual governo.
No Senado, Lula conseguiu convencer seus aliados a desistirem de uma CPI para investigar os atos golpistas que estava sendo articulada por partidos que apoiam o atual governo.
A CPI protocolada no ano passado, com assinaturas suficientes, não conseguiu renovar os apoios para este ano por meio de negociações feitas pelo governo com seus aliados na Casa.

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