Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social quer evitar interrupção de pagamentos por irregularidades em meio a temporais que atingem estado. Ao menos 136 pessoas morreram.
Ações solidárias arrecadam doações para vítimas das enchentes no RS
O governo federal anunciou neste sábado (11) que vai suspender, a partir da próxima semana, ações de averiguação e revisão cadastral de famílias que recebem o Bolsa Família no Rio Grande do Sul.
O objetivo, segundo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), é evitar a interrupção de pagamentos por irregularidades em meio às fortes chuvas e cheias que atingem o estado desde o dia 29 de abril.
O Rio Grande do Sul já registrou 136 mortes. No boletim da Defesa Civil divulgado neste sábado (11), o estado ainda contabilizava 125 desaparecidos e 756 feridos.
Conforme a pasta, mais de 252 mil famílias haviam sido convocadas no estado para regular seus cadastros.
Em nota, o ministério afirmou que os beneficiários que teriam o pagamento interrompido em maio em virtude da não regularização cadastral do programa continuarão recebendo o Bolsa Família.
Ao todo, 18 mil famílias no RS tiveram o benefício desbloqueado. Elas receberão o dinheiro a partir do primeiro dia do calendário do Bolsa Família, em 17 de maio.
De acordo com o governo, outras 10 mil famílias tiveram a reversão da ação de cancelamento de benefícios e seus pagamentos de maio e junho estarão disponíveis no próximo mês.
Calamidade Pública
Nesta semana, o Congresso Nacional reconheceu a situação de calamidade pública no estado e afrouxou regras prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal para facilitar o repasse de verbas públicas a Rio Grande do Sul.
Aliado a um pacote de R$ 51 bilhões anunciado pelo governo durante a semana, os parlamentares também aprovaram projetos que aceleram o pagamento e remanejamento de emendas parlamentares para socorrer a região.
Força Nacional
O governo também anunciou neste sábado que a Força Nacional de Segurança Pública vai ampliar sua atuação no estado para garantir a segurança dos abrigos.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) registrou a prisão de 11 pessoas por crimes praticados dentro de abrigos, inclusive de cunho sexual.
Após os episódios, a Prefeitura de Porto Alegre anunciou a criação de um abrigo emergencial exclusivo para mulheres e crianças.
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