Governo russo denuncia e pede prisão de mulher suspeita de entregar bomba que matou blogueiro militar


Darya Trepova é acusada como responsável pelo assassinato do blogueiro pró-guerra Vladlen Tatarsky, morto no domingo (02) durante uma explosão em um café em São Petersburgo. Darya Trepova em audiência em tribunal em Moscou nesta terça (4)
Reuters/Evgenia Novozhenina
O Departamento Central do Comitê Investigativo da Rússia pediu a prisão de Darya Trepova, acusada de ser a responsável pelo assassinato do blogueiro pró-guerra Vladlen Tatarsky, morto no domingo (02) vítima de uma explosão em um café em São Petersburgo. Ela já estava detida desde segunda.
Esse departamento do governo é responsável pela investigação e acusação de crimes graves ocorridos em território russo.
“Ela (Darya) é acusada de cometer crimes sob o Artigo 205 do Código Penal Russo (ataque terrorista cometido por um grupo organizado, resultando na morte intencional de uma pessoa) e sob o artigo 222.1 (aquisição, armazenamento, porte e transporte ilegais de explosivos e artefatos explosivos em grupo organizado)”, afirmou o Comitê Investigativo à Tass, agência de notícias da Rússia, nesta terça-feira (4).
Fragmento de vídeo mostra a russa Darya Trepova, que a Rússia acusa de estar por trás da explosão que matou o blogueiro pró-Rússia Vladlen Tatarsky em um café de São Petersburgo, em 2 de abril de 2023.
Reprodução/ Ministério do Interior da Rússia
Os investigadores do comitê entraram com uma petição para a prisão de Darya, disse uma fonte familiarizada com o assunto à Tass.
O crime
O blogueiro russo estava participando de um encontro patriótico com apoiadores no café como palestrante convidado. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma mulher jovem de casaco marrom aparentemente entrando no café com uma caixa de papelão.
O blogueiro pró-Rússia Vladlen Tatarsky, durante treinamento voluntário com as tropas russas.
Reprodução/ Redes sociais
Darya, de 26 anos, aparece em um vídeo divulgado pelas autoridades —possivelmente gravado sob coação — admitindo que entregou uma estatueta que depois explodiu.
No entanto, nas imagens divulgadas, ela não diz que sabia que haveria uma explosão, tampouco admite qualquer outro papel no atentado.
Em entrevista ao canal Agentstvo, do Telegram, amigos de Darya disseram que ela já foi detida após se manifestar contra a guerra na Ucrânia – que já completou 400 dias.
O comitê antiterrorismo da Rússia alegou que o ataque contra o blogueiro foi organizado pelo serviço de segurança da Ucrânia “com pessoas que cooperam com” o líder da oposição Alexei Navalny.
O blogueiro Tatarsky era especializado nas Forças Armadas russas e defende a invasão de seu país à Ucrânia. Seu canal no Telegram tem mais de 560 mil seguidores.

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