Em entrevista ao Em Ponto, ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, também anunciou liberação de R$ 414 milhões a novo Bolsa Família, que atenderá pessoas do estado. Morador de Lajeado, no Rio Grande do Sul.
Fábio Tito/g1
O governo Lula desenha um projeto para remunerar pessoas que trabalharem nos serviços de reconstrução do estado do Rio Grande do Sul, assolado por enchente história que deixou mais de 150 mortos e cerca de 600 mil pessoas fora de casa.
Foi o que disse nesta quinta-feira (16) o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, no Em Ponto, da GloboNews. Ele foi perguntado sobre a possibilidade de criar um auxílio emergencial no estado, além das ações sociais de transferência de renda já anunciadas pelo governo.
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A alternativa, já discutida por um grupo de trabalho e que deve ser apresentada na semana que vem , é a de pagar pessoas que participarem da reconstrução, para trazer renda de outra forma ao estado. “A proposta colocada ontem foi de pagamento por serviços na própria reconstrução no Rio Grande do Sul”, disse.
“Aqui há a oportunidade de ter mais que um apoio emergencial, é de ter mesmo uma condição, um contrato de trabalho, contagem de tempo de serviços, para poder retomar a vida”, completou.
Ele citou como exemplo a capital, Porto Alegre, que deve precisar de R$ 100 milhões, e a necessidade de reconstrução e limpeza de casas, escolas, estradas e diversos outros espaços públicos.
“Diferente de outras situações, nós temos no Rio Grande do Sul, literalmente, uma reconstrução, a limpeza das cidades”
Ontem, quarta-feira (15), o governo federal já havia anunciado que vai repassar R$ 5,1 mil para todas as família diretamente afetadas pela catástrofe climática. A estimativa é de que cerca de 240 mil famílias sejam beneficiadas, a partir de um investimento de R$ 1,2 bilhão.
Bolsa família ampliado
O ministro Wellington Dias também confirmou que o governo vai pagar, em 17 de maio, o Bolsa Família para os atingidos pela tragédia no estado e que o programa receberá no mesmo dia um aporte de R$ 514 milhões.
Além disso, mais 21 mil famílias que preenchem os requisitos do programa no Rio Grande do Sul entrarão na folha de pagamento de junho, segundo o governo. Dias afirmou que existe uma busca ativa para aumentar muito o número, com meta de chegar a 70 mil pessoas.
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