O governo federal autorizou o aumento do número de adidos agrícolas brasileiros no exterior de 29 para 40. A ampliação consta em decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem, quarta-feira (31), a Várzea Grande (MT), e publicado na quinta-feira (1º) de agosto, no Diário Oficial da União (DOU).
Os adidos agrícolas são os representantes diplomáticos do Brasil no exterior voltados à agenda de mercados agropecuários.
O decreto 12.125/2024 autoriza a criação de 11 novos postos; desses, cinco serão direcionados para a Ásia, três para África, dois para a América do Sul e um para a Europa.
Em nota, o Ministério da Agricultura informou que os locais dos novos adidos serão definidos posteriormente por meio portaria interministerial da Agricultura e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
O decreto estabelece ainda que um ato conjunto do ministro da Agricultura e do ministro das Relações Exteriores irá definir quais os adidos agrícolas que exercerão suas funções junto a representações diplomáticas do Brasil perante governos estrangeiros ou organismos internacionais.
Itamaraty e Agricultura devem definir, juntos, ainda quais as representações diplomáticas que poderão dispor de mais de um adido e qual o período mínimo a ser cumprido entre as missões permanentes de assessoramento em assuntos agrícolas pelo servidor ou pelo empregado público.
Maior aumento no número de adidos agrícolas em uma única vez
O Ministério da Agricultura afirmou, em nota, que esse será o maior aumento no número de adidos agrícolas em uma única vez desde que a função foi criada em 2008. “Agora vai ter adido do Ministério da Agricultura nas embaixadas brasileiras para ajudar a vender as coisas que produzem. Isso é coisa do Fávaro, que passa o dia inteiro pensando em abrir um novo mercado para vender os produtos de vocês”, disse Lula, na quinta-feira em Mato Grosso.
Os adidos agrícolas assessoram as representações diplomáticas brasileiras no exterior, buscando oportunidades de comércio, investimento e cooperação para o agronegócio brasileiro. “Desde o início da gestão do presidente Lula, temos batido recordes de aberturas de mercado, alcançando 166 em 55 diferentes destinos. Isso tem sido possível, em grande parte, graças ao trabalho dos nossos adidos agrícolas, responsáveis por quase 70% dessas aberturas”, disse o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, na nota.
O secretário de Comércio Exterior e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa, afirmou que os adidos iniciarão suas missões nos próximos meses. “Com essa expansão, o Brasil terá representações agrícolas em mais países, ampliando sua presença junto a importantes parceiros econômicos e potencializando oportunidades, como a abertura de novos mercados”, disse Perosa, em rede social.
De acordo com o Ministério, hoje o Brasil possui adidos agrícolas nos seguintes países: África do Sul, Alemanha, Angola, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China (dois adidos), Colômbia, Coreia do Sul, Egito, Estados Unidos da América, França (Delegação do Brasil junto às Organizações Internacionais Econômicas Sediadas em Paris), Índia, Indonésia, Itália (Delegação Permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura e aos Organismos Internacionais), Japão, Marrocos, México, Suíça (Delegação do Brasil junto à Organização Mundial do Comércio e outras organizações econômicas em Genebra), Peru, Reino Unido, Rússia, Cingapura, Tailândia, Bélgica (Missão do Brasil junto à União Europeia em Bruxelas, dois adidos) e Vietnã.