Governo envia ao Senado indicação de ex-chanceler de Bolsonaro para o cargo de embaixador no Canadá


Nome de Carlos Alberto Franco França será analisado pelos senadores em votação secreta. Ele foi ministro das Relações Exteriores de 2021 a 2022. O ex-chanceler Carlos França ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro, em imagem de 2022
Reprodução / YouTube
O governo enviou ao Senado a indicação do diplomata Carlos Alberto Franco França, ex-ministro das Relações Exteriores do governo Jair Bolsonaro, para o cargo de embaixador do Brasil no Canadá.
O despacho com a indicação foi assinado nesta terça-feira (20) por Geraldo Alckmin, que está exercendo a presidência no lugar de Lula em razão da viagem do petista à Europa. A mensagem ao Senado foi publicada no “Diário Oficial da União” desta quarta-feira (21).
França chefiou o Itamaraty de 2021 a 2022. Ele assumiu o cargo no lugar do ex-ministro Ernesto Araújo.
Antes disso, Carlos França foi assessor e chefe de cerimonial da Presidência, também na gestão Bolsonaro. Segundo o governo, o posto de chefia no Canadá será o primeiro que o ex-chanceler assumirá no exterior, se receber o aval do Senado.
Para assumir a embaixada do Brasil no Canadá, o ex-ministro terá de ser sabatinado pela Comissão de Relações Exteriores (CRE) e ter o seu nome aprovado pelo plenário principal do Senado. A votação é secreta.
De acordo com o Palácio do Planalto, o governo do Canadá concedeu a França, em maio, o chamado “agrément”, um consentimento que um Estado dá para que um diplomata de outro país possa ser nomeado para função no seu território.
Carlos Alberto Franco França, ex-ministro das Relações Exteriores, em imagem de 2018
Dida Sampaio/Estadão Conteúdo/Arquivo
Depoimento ao TSE
Carlos França era ministro das Relações Exteriores quando Bolsonaro reuniu, no Palácio da Alvorada, embaixadores de vários países para levantar, sem provas, suspeitas já desmentidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre urnas eletrônicas e processo eleitoral no país.
A reunião foi transmitida nas redes e canais oficiais do governo. O ex-presidente está sendo processado no TSE pelo caso. A Corte Eleitoral pode, inclusive, tornar Bolsonaro inelegível, no julgamento que começa nesta quinta-feira (22).
Como era chanceler à época, Carlos França teve de prestar depoimento sobre o episódio ao TSE.

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