Presidente do União Brasil em Mato Grosso, o governador Mauro Mendes (União Brasil) pediu “fair play” entre seus correligionários, o presidente da Assembleia Legislativa Eduardo Botelho e deputado federal Fábio Garcia, que disputam internamente pela chance de ser o candidato da sigla na eleição municipal em Cuiabá, em 2024. O chefe do Executivo pediu que ambos construam seus projetos mantendo um jogo limpo, sem seguir pela recente troca de farpas entre a dupla.
De acordo com Mauro, a Executiva Nacional do partido já alertou que vai participar da escolha dos candidatos a prefeito nas principais cidades país. Desta forma, será escolhido o melhor projeto político, sendo melhor os dois aliados focarem em mais trabalho e menos troca de farpas pela imprensa.
“A Nacional [do UB] já disse que ela vai puxar a decisão das grandes cidades. [A escolha dos nomes será] com participação da Nacional, isso já foi dito a mim. Então não precisa ficar nesse estresse. Que cada um construa seu projeto da melhor maneira possível, mas tem que ter respeito, bom jogo e ‘fair play’ político”, disse.
Christiano Antonucci/Secom
Nesta semana, Botelho alegou que vai construir seu projeto, embora tenha caminhado “sozinho”, sem o apoio de Mauro, apenas com “seu povo”, diferentemente de Fábio, que segue Mauro em todas as ações do Governo. Ele citou ainda que não possuía avô ex-governador e tio ex-prefeito, em uma alfinetada direta ao seu concorrente.
No dia seguinte, Fábio pontuou que não aceitaria ter sua história desmerecida e partiu para o ataque, alegando que Botelho tem sob sua chefia, no gabinete da Assembleia, cerca de mil pessoas trabalhando em seu projeto eleitoral.
O chefe do Executivo frisou que a situação é lamentável, por se tratar de duas pessoas que possuem laços de amizade. “Eu não quero puxar a orelha de ninguém, os dois são ‘grandinhos’, têm juízo, mas é lamentável isso. Eu vi aí vários cutucões pela imprensa. Os dois são amigos, sempre foram e assim tem que permanecer”, aconselhou o governador.
Mauro destacou, ainda, que os critérios para a escolha de um nome ainda serão definidos e que seu apoio só será sacramentado no momento oportuno, ou seja, no próximo ano. Nos bastidores, porém, o deputado Fábio Garcia é apontado como o “favorito” do chefe do Palácio Paiaguás.
“Em algum momento vamos ter critério claro para escolher quem que vai ser o candidato do União. Essa decisão será tomada mais para frente. Não vou tomar decisão neste ano. Não vai ter decisão este ano”, reiterou.