Rodinei Crescêncio
O governador Mauro Mendes (União Brasil) alfinetou o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) e valorizou a atuação da Associação Mato-Grossense dos Servidores Públicos de Mato Grosso (AMPE), na construção de um “acordo” para o pagamento do 1/3 das férias aos professores contratados – que foi assinado na tarde desta quarta-feira (18), no Palácio Paiaguás.
De acordo com o chefe do Executivo, a AMPE passa um claro recado para a sociedade e para o Sintep de que, quando se há diálogo e respeito, as coisas fluem naturalmente e, consequentemente, os anseios da categoria dos educadores, certamente, são atendido: “É assim que se constrói pontes e soluções”.
“Lamentamentavelmente, o Sintep-MT adotou uma linha que não funciona com este Governo e acredito que não funcione mais no Brasil. Não é xingando, desrespeitando, esculhambando ou mostrando desrespeito, e mostrando acima de tudo, que não representam a Educação de Mato Grosso. Como alguém que queira ou possa querer representar os profissionais da Educação pode se comportar em alguns momentos como eles se comportaram com tamanha falta de educação? Então, nós estamos dialogando com essa associação”, disparou o governador.
Diante da atuação de Mauro, de “atender” o pedido da AMPE, o Sintep se manifestou e rechaçou tese do governador de que a solução apontada por ele seria uma novidade, ao solucionar um problema que já dura há 40 anos. O sindicato citou a existência de uma decisão no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) que já obriga o Estado a cumprir esse pagamento. Ele, porém, negou que tenha sucumbido após decisão judicial e ressaltou que o Poder Judiciário é um aliado para resolução de inúmeras ações judiciais.
“Não tem nada de decisão judicial. O Judiciário está aqui hoje porque todos esses direitos não reconhecidos, geram milhares de ações de direito não reconhecido pelo estado, só nesse momento, temos 25 mil tramitando, então, interessa ao Poder Judiciário que façamos esse tipo de reconhecimento”, manifestou.
Daqui a cerca de 45 dias, Mauro prometeu divulgar um edital para o concurso público da Educação, outra demanda defendida pelo Sintep, mas que só foi atendida após interlocução da AMPE – que segundo Mauro, demonstrou respeito ao Poder Executivo.