O filho de uma gerente de um banco, de 9 anos, sofreu uma tentativa de sequestro na terça-feira (16), em Juscimeira (a 160 km de Cuiabá). Os bandidos teriam tentado pegar o garoto na escola para chantagear a mãe. Contudo, a ação foi frustrada quando o colégio desconfiou da situação.
Consta no boletim de ocorrência, que a coordenadora da escola da criança recebeu uma ligação e uma mensagem de uma pessoa, se passando pela mãe do estudante, pedindo que a direção o liberasse e o entregasse para uma pessoa que estava na porta da escola.
A pessoa disse ainda que iria pegar o menino e o levaria para Campo Verde (a 135 km da Capital), onde familiares haviam se acidentado. Desconfiada, a coordenadora ligou para a mãe do aluno pelo número que a escola possui. A mãe do menino então disse não saber de nenhum acidente e não autorizava a liberação do filho.
PM-MT
A mulher foi então para a escola e acionou a equipe da Polícia Militar. Os militares encontraram dois homens, de 29 e 33 anos, na porta da escola, em um Fiat Argo cinza, com placa de Cuiabá.
Um dos homens afirmou que trabalha como motorista de aplicativo e o outro era o irmão e só estava o acompanhando. Questionado, o suspeito disse que uma pessoa havia entrado em contato com ele via se passando pela mãe do estudante.
O suposto motorista afirmou que o contratante pediu que ele pegasse o menino na escola e o levasse até Campo Verde, em um hospital situado na saída para Chapada dos Guimarães, na Avenida Mato Grosso, no Centro, pois a mãe dele havia se acidentado e iria fazer uma cirurgia.
Os militares questionaram a mulher para saber a motivação do crime e ela informou que é gerente de uma agência bancária em Juscimeira e que ninguém da família havia sofrido um acidente, bem como não pediu a ninguém para buscar o seu filho na escola.
Segundo o boletim de ocorrência, durante a conversa com os policiais, a mãe estava desesperada e preocupada. Ela contou que, na segunda-feira (15), uma pessoa a procurou pelo WhatsApp querendo abrir uma conta na agência bancária que ela gerencia.
Os policiais notaram que o número usado para mandar a mensagem para a mãe, para a escola e a para o motorista de aplicativo era o mesmo. O motorista de aplicativo e o irmão foram levados para a delegacia para prestar esclarecimentos e tiveram o celular apreendido.
Um deles estava com uma tornozeleira eletrônica, que estava ligada. O carro ficou estacionado e trancado em frente à delegacia. O caso é investigado pela Polícia Civil.