O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), demonstrou mais uma vez insatisfação com o comportamento da sua suplente, senadora Margareth Buzetti (PSD). Ao saber que agora Margareth promete apoiar a pré-candidatura de presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União Brasil), para a Prefeitura de Cuiabá, declarou que a correligionária não tem “opinião própria” e segue apenas o que determina o governador Mauro Mendes (União Brasil).
Guilherme Martimon/ Mapa
Ocorre que Fávaro já declarou que o PSD deve apoiar a pré-candidatura da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB, PV). Por isso, espera fidelidade partidária dos integrantes do partido.
“Parece que ela não tem voz própria. Quando Mauro apoiava o Fábio, ela apoiava o Fábio e eu apoiando o Botelho. Ela disse que não apoiaria o Botelho de jeito nenhum. Bastou o Mauro virar a chave, que ela vira também. Não tem opinião própria. Se Botelho não servia há seis meses atrás, não serve agora”, disse o ministro Fávaro em entrevista a Rádio Centro América FM, na manhã desta sexta-feira (1º).
Em janeiro, após o impasse sobre uma possível filiação do deputado Eduardo Botelho no PSD, Fávaro anunciou que não poderia mais esperar a decisão do parlamentar e que o partido irá apoiar o candidato a prefeito da Federação Brasil da Esperança nas eleições municipais em Cuiabá. A mudança de estratégia atende ao pedido do presidente da República Lula (PT). Entretanto, Margareth segue sinalizando que irá apoiar o candidato indicado pelo governador.
As rusgas entre Fávaro e Margareth são constantes. Por não confiar na suplente, Fávaro já voltou ao Senado por duas vezes para votar em pautas importantes para o Governo Federal, já que Margareth é oposição a Lula e não votaria com a base.
Outra situação que tem gerado desgaste entre os correligionários é o fato da senadora não abrir espaço para que o segundo suplente, José Lacerda (PSD), assuma a cadeira no Senado, antes de 2026.
Fávaro disse que foi feito sim um acordo para que ela se licenciasse por seis meses para dar espaço para Lacerda também atuar no Senado. Esse tipo de acordo é comum para dar ao suplente a oportunidade de apresentar propostas e pautas.