falta de forragem e preços em queda no RS

Segundo o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (1º de agosto) pela Emater/RS-Ascar, a baixa oferta de alimentos continua a ser um desafio para a pecuária no Rio Grande do Sul. O desenvolvimento lento das pastagens de inverno está exigindo suplementação alimentar para os animais. A ocorrência de frio e geadas reduziu a incidência de carrapatos, mas os bovinos de corte ainda enfrentam dificuldades durante as fases de parição, desmame e engorda.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a escassez de chuvas diminuiu a disponibilidade de forragens. Em São Gabriel, a situação é crítica, com alguns produtores enfrentando mortes de animais e vendendo grandes lotes devido ao esgotamento dos campos. Em Caxias do Sul, o clima ameno melhorou o conforto dos animais, mas a qualidade da alimentação afetou o estado corporal dos bovinos, necessitando de suplementação com silagem e pré-secado.

Em Erechim, a semana com pouca chuva facilitou a implantação e o desenvolvimento de culturas de inverno e pastagens. As áreas perenes de verão receberam sobressemeadura de pastagens de inverno, principalmente aveia, que estão em melhores condições de pastoreio. Em Passo Fundo, a pecuária de corte enfrenta dificuldades devido ao baixo preço pago e à manutenção do rebanho.

Na região de Pelotas, as baixas temperaturas reduziram a incidência de moscas e carrapatos, mas comprometeram a qualidade dos campos nativos e a recuperação das pastagens de inverno. Em Porto Alegre, produtores recorreram à suplementação com silagem de milho e feno, pois as pastagens ainda apresentam desenvolvimento limitado. As parições começaram e a vacinação segue o calendário recomendado.

Em Santa Maria, as condições do rebanho estão abaixo do esperado devido à escassez de forragem, mas a melhora no tempo e nas pastagens de inverno colaborou para a recuperação dos animais. Em Santa Rosa, a integração lavoura-pecuária manteve boas condições de forrageamento, mas as perspectivas de aumento das cotações não são animadoras. Na região de Soledade, o estado corporal dos animais está abaixo do ideal devido às chuvas e ao frio, mas os valores pagos pelo kg/vivo aumentaram. Produtores com ciclos sincronizados têm vacas prenhes com partos previstos para o final do inverno.

O levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Rio Grande do Sul indicou que o preço médio do boi reduziu 1,32%, de R$ 9,12 para R$ 9,00. O preço da vaca para abate caiu 1,14%, passando de R$ 7,89 para R$ 7,80/kg vivo.



Fonte