Yáñez, de 43 anos, e Fernández, de 65, foram casados durante todo o mandato dele e tiveram um filho em 2022. Ela vive com a criança em Madri, na Espanha. Alberto Fernández e a ex-primeira-dama Fabíola Yañez, em imagem de 2021
Andrew Medichini/AP
Fabiola Yañez, que denunciou Alberto Fernández, ex-presidente da Argentina, por violência física, tem 43 anos e já foi jornalista e atriz antes de ser primeira-dama do país. Fernández, que nega as acusações, foi presidente de 2019 e 2023.
Yáñez, de 43 anos, e Fernández, de 65, foram casados durante todo o mandato dele e tiveram um filho em 2022. Ela vive com a criança em Madri, na Espanha, enquanto o ex-presidente mora em Buenos Aires.
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A ex-primeira-dama é da província de Rio Negro, mas cresceu nas cidades de San Lorenzo, em Santa Fé, e Posadas, em Misiones. Ela chegou a estudar direito, mas não concluiu o curso. Depois, foi estudar jornalismo.
Segundo o jornal La Nacion, Yañez trabalhava na universidade quando conheceu Fernández. Também de acordo com o jornal argentino, ela entrevistou Fernández para o seu trabalho de conclusão de curso. Eles mantiveram contato e o relacionamento começou anos depois.
Durante o governo Fernández, Yáñez foi titular da Fundação Banco Nación. Ela já trabalhou como jornalista em diversos programas de televisão, além de ter atuado em peças de teatro.
Denúncia
Yañez denunciou Fernández por violência física e assédio nesta terça-feira (6). A ex-primeira-dama fez a denúncia em uma audiência de Zoom com o juiz federal Julián Ercolini, que determinou imediatamente medidas de restrição e proteção para a mulher. As medidas também incluem uma ordem para que o ex-presidente não se aproxime dela e que não deixe o país.
Fabíola Yañez disse que era agredida fisicamente pelo ex-companheiro quando eles viviam na Quinta de Olivos, residência oficial da presidência argentina.
Nesta quinta-feira (8), o site de notícias argentino Infobae divulgou fotos que mostram Yañez com hematomas no braço e no rosto em uma trocas de mensagens com Fernández.
“Você tem me agredido há três dias seguidos”, disse a ex-primeira-dama em mensagem pelo WhatsApp. Em outro trecho, ela afirmou: ” Isso não funciona assim, você me agride o tempo todo. É insólito. Não pode me fazer isso quando eu não te fiz nada. E tudo o que tento fazer com a mente centrada é te defender, e você me agride fisicamente. Não há explicação.”
Yáñez, de 43 anos, e Fernández, de 65, foram casados durante todo o mandato e tiveram um filho em 2022
Infobae/Reprodução
As mensagens foram descobertas no contexto de outro caso que também está sendo conduzido por Ercolini, que investiga supostos atos de corrupção cometidos durante a gestão de Fernández. A ex-primeira-dama e a então secretária particular do ex-presidente, María Cantero, conversaram sobre as agressões.
O celular de Cantero foi periciado pela Justiça por conta do caso do suposto tráfico de influência a favor de um produtor de seguros próximo a Fernández, Héctor Martínez Sosa.
Segundo a publicação do site argentino, um dos próximos passos no processo é o depoimento da ex-primeira dama, que não tinha data marcada até a última atualização desta reportagem. Porém, a expectativa é de que ocorra em breve.
O que diz Fernández
O ex-presidente negou as acusações em nota publicada nas redes sociais e afirmou que vai apresentar à Justiça “as provas e testemunhos que evidenciarão o que realmente aconteceu”.
Alberto Fernández vota em Buenos Aires
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