A Epic Games, desenvolvedora por trás do fenômeno Fortnite, vai voltar aos tribunais contra uma gigante da tecnologia. Desta vez, a companhia pretende processar a fabricante sul-coreana Samsung sob acusações de práticas anticompetitivas de mercado.
A ação judicial aberta em um tribunal da Califórnia acusa a Samsung e a Google de atuarem juntas para limitar a atuação de lojas de aplicativos alternativas aos serviços Play Store e Galaxy Store no Android. Segundo o texto, os dispositivos da companhia reduzem as chances de instalações de outras fontes, mesmo sendo downloads totalmente seguros.
A reclamação envolve o recurso Bloqueador Automático, que é automaticamente ativado em aparelhos da Samsung nos últimos meses. A Epic Games alega que esse recurso na verdade não protege contra malwares, mas sim impede a atuação de rivais. Além disso, segundo a marca, não é possível conseguir uma autorização para virar uma fonte confiável — e que é relativamente trabalhoso desativar o bloqueador nos dispositivos.
Fortnite, o maior lançamento da Epic Games.Fonte: Fortnite
O processo foi movido só agora em especial porque a Epic Games agora tem uma loja mobile própria — e que, apesar de autorizada a operar no Android, é considerada uma fonte alternativa de apps e acaba caindo em filtros de segurança. No iOS, o serviço só pode ser baixado em países da União Europeia.
Epic Games e os tribunais
Caso o processo contra a Samsung seja aceito e vire um julgamento em definitivo, esse será o terceiro grande encontro entre Epic Games e uma companhia de tecnologia nos tribunais.
Em 2020, a desenvolvedora processou Google e Apple após ambas as marcas retirarem Fortnite das suas respectivas lojas mobile. O estúdio era contra o pagamento de taxas sobre microtransações e até tentou burlar as regras das plataformas.
O processo contra a Maçã terminou com resultados mistos: o iOS promoveu algumas mudanças na loja digital em relação às assinaturas e meios de pagamentos por fora da loja. Já a Google perdeu a disputa, em especial pela apresentação de provas de que ela tentava forçar o uso da Google Play Store.