A enchente histórica que atingiu o Rio Grande do Sul no início de maio causou graves consequências para milhares de pessoas, especialmente nas áreas afetadas do Vale do Rio Pardo. A solidariedade e a integração têm sido essenciais para a reconstrução, com empresas associadas ao Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) desempenhando um papel importante. Aqui estão algumas das iniciativas em andamento para ajudar na recuperação da região e na assistência às comunidades afetadas pela calamidade.
Nesse contexto, as empresas associadas implementaram uma série de alternativas para auxiliar. Estas incluem manter a remuneração dos trabalhadores que não conseguem chegar ao trabalho devido às condições climáticas adversas. Além disso, eles fornecem doações de cestas básicas, materiais de limpeza, higiene e móveis para colaboradores afetados e suas famílias. Empréstimos são disponibilizados aos funcionários durante o período de reconstrução, e há ações de apoio à saúde mental com a ajuda de psicólogos.
Equipes de voluntários são mobilizadas para auxiliar na limpeza de residências, escolas e comunidades afetadas. O Sinditabaco também disponibiliza geradores de energia, reservatórios de água, embarcações e veículos para ajudar no resgate de pessoas e animais ilhados. Eles mantêm contato direto com os órgãos responsáveis para ajudar a enfrentar as principais demandas dos municípios afetados.
A maioria das empresas teve suas operações interrompidas no início da tarde de terça-feira, 30 de abril, devido à crise sem precedentes causada pelas chuvas. A retomada gradual das atividades ocorreu ao longo da semana. O presidente do Sindicato da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, destaca as dificuldades enfrentadas, como a falta de serviços básicos e comunicação, e a abertura de canais alternativos para os funcionários reportarem suas situações.
As indústrias, além de cuidar de seus funcionários, já planejam a recuperação, envolvendo os produtores integrados. Schünke destaca a importância do sistema de integração do setor do tabaco para entender as necessidades dos pequenos produtores rurais nas áreas mais afetadas. Ele menciona a alta rentabilidade da última safra, crucial para a reconstrução. O levantamento das perdas na nova safra está em andamento, e a resiliência e união de esforços serão fundamentais, assim como ocorreu durante a pandemia.
“O setor do tabaco é reconhecido no agronegócio por um sólido sistema de integração. É por meio dele que também passaremos a entender as necessidades dos pequenos produtores rurais nas localidades mais afetadas. A última safra de tabaco foi encerrada com uma alta rentabilidade, o que será importante para esse momento de reconstrução. A nova safra ainda está em fase inicial e faremos um levantamento para dimensionar as perdas que ocorreram. Assim como foi na pandemia, vamos seguir com resiliência, unindo esforços em torno do que precisa ser feito”, comenta Schünke.