Embaixada na Palestina atualiza números e diz que auxilia 34 pessoas que querem deixar Gaza rumo ao Brasil


Brasileiros e familiares palestinos estão no Sul da Faixa de Gaza, aguardando abertura da fronteira com o Egito. Nesta sexta, embaixada foi informada de que a internet em Gaza foi interrompida em razão dos ataques de Israel. A embaixada brasileira na Palestina atualizou nesta sexta-feira (27) o número de pessoas que procuraram o governo para deixar a Faixa de Gaza rumo ao Brasil.
O número subiu de 32 pessoas para 34, das quais:
24 brasileiros
7 palestinos em processo de imigração
3 palestinos familiares próximos dos brasileiros que darão início à imigração
18 dessas pessoas estão em Rafah, cidade do Sul de Gaza mais próxima da fronteira com o Egito. Em Rafah são:
9 crianças, 5 mulheres e 4 homens
Os outros 16 estão em Khan Younes, cidade também no Sul, mas um pouco mais distante da fronteira egípcia:
9 crianças, 5 mulheres e 2 homens
O plano do governo do Brasil é embarcar essas pessoas em um avião da FAB na cidade egípcia de Arish, a 53 km da fronteira com Gaza. O problema é que a passagem ainda não foi aberta pelo Egito para a saída dos brasileiros.
Mais cedo, a embaixada relatou que foi avisada pela empresa de telefonia Jawal, que atua em Gaza, que a internet e a comunicação em geral na região foram interrompidas em razão dos ataques de Israel.
Mesmo assim, a embaixada vem conseguindo manter um canal de comunicação com os brasileiros.
Forças israelenses bombardeiam Gaza desde o fim de semana de 7 de outubro, quando o grupo terrorista Hamas fez ataques contra Israel. Nesta sexta, Israel anunciou a intensificação da operação militar por terra em Gaza.
Casas destruídas por ataque israelense em Khan Younis, na Faixa de Gaza, nesta sexta-feira (27).
Mohammed Salem/Reuters
Repatriação
Enquanto a fronteira com o Egito não é aberta, e os brasileiros não são repatriados de Gaza, uma aeronave da Presidência da República modelo VC-2, com capacidade para 38 pessoas, aguarda no Cairo para repatriar os brasileiros.
Ao todo, segundo o governo, 1,4 mil brasileiros já foram repatriados – todos, de Israel.
Autoridades brasileiras têm mantido contato com integrantes do governo egípcio a fim de tentar convencê-los a abrir a fronteira. O ministro Mauro Vieira, por exemplo, já conversou por telefone ao menos duas vezes com o chanceler egípicio sobre o tema.
Paralelamente, como o Brasil comanda temporariamente o Conselho de Segurança da ONU, diplomatas têm tentado discutir uma resolução que garanta a abertura dos corredores humanitários no Egito.
O país sediou no último fim de semana uma cúpula a fim de discutir o tema, mas, segundo diplomatas brasileiros, ainda não há expectativa de abertura da fronteira.

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