Segundo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a ideia é que a consulta pública seja lançada ‘nos próximos dias’ e o leilão realizado ainda em 2024. Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia.
Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quinta-feira (12) que o governo vai lançar um leilão exclusivo para contratação de baterias para o sistema elétrico.
A ideia, segundo o ministro, é que a consulta pública seja lançada “nos próximos dias” e o leilão realizado ainda em 2024.
“Nós vamos fazer um leilão de baterias até o final do ano. Nos próximos dias vamos soltar a consulta pública”, disse o ministro a jornalistas, depois de visita ao centro de treinamento da Enel Distribuição, em São Paulo.
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De acordo com Silveira, a “finalidade do leilão de bateria é impulsionar a tecnologia de bateria no Brasil”, trazendo agentes do setor para o país. O ministro destacou a fabricante chinesa Huawei.
“Vai acontecer a consulta pública este ano, a consulta pública acontecendo e sendo produtiva, nós queremos publicar o leilão ainda este ano”, continuou Silveira.
A declaração vem em um momento em que o país passa pela seca mais severa da história, o que prejudica a geração de energia pelas hidrelétricas. Dessa forma, o governo tem acionado mais usinas termelétricas.
Ao separar as baterias em um certame específico, o ministro sinaliza uma solução para o impasse para a realização do leilão de reserva de capacidade neste ano.
O leilão de reserva está sendo planejado desde 2022 e foi a consulta pública, no âmbito do Ministério de Minas e Energia, em março de 2024. O certame vai contratar usinas que aumentam a segurança do sistema, como usinas termelétricas, que serão acionadas para atender picos de consumo de energia.
Mas um debate sobre a inclusão de baterias e de hidrelétricas no leilão de reserva atrasou a realização do certame, que precisa ser autorizado por uma portaria do Ministério de Minas e Energia –ainda sem publicação.
Entenda a contratação de baterias
No início do ano, as baterias apareceram como uma proposta para o leilão de reserva de capacidade. Em declarações, o próprio ministro sinalizou sua inclusão no certame.
Contudo, por ser uma tecnologia nova no Brasil, a equipe do Ministério de Minas e Energia decidiu excluí-la da consulta pública para o leilão.
As baterias são uma solução estudada para a chamada “intermitência” das fontes solar e eólica. Essas fontes de geração dependem da incidência de sol e vento, que não são perenes, o que faz com que a quantidade de energia gerada oscile ao longo do tempo.
Ao armazenar parte da energia produzida em baterias, o operador do sistema elétrico poderia contar com essas fontes mesmo em períodos com menos vento ou menos sol.
Contudo, restam dúvidas sobre como seria feito esse “despacho”, faltando um arcabouço regulatório para essa contratação.
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