Eleições 2024: PSOL fica sem nenhuma prefeitura após derrotas em São Paulo e Petrópolis


Em 2012, o PSOL elegeu um prefeito. Em 2016, foram dois. Número subiu para cinco em 2020, incluindo a capital Belém. O candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, discursa na noite deste domingo (27) após o resultado do 2° turno das eleições municipais.
YURI MURAKAMI/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) não elegeu nenhum prefeito em 2024. O partido passou zerado pelo 1º turno das Eleições 2024, e disputava duas cadeiras no 2º turno.
Em São Paulo, o partido apostava em Guilherme Boulos para a disputa contra Ricardo Nunes (MDB). O prefeito de São Paulo foi reeleito com 59,35% dos votos válidos, contra 40,65% do psolista. Boulos foi derrotado por uma diferença de 1 milhão de votos.
Em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, Yuri Moura perdeu a eleição para Hingo Hammes (PP). Com 74,74% dos votos válidos, Hammes foi o prefeito com vitória mais folgada no 2º turno das Eleições 2024.
No dia 6 de outubro, Hammes já havia atingido 49,96% dos votos válidos em Petrópolis, deixando as chances de virada quase nulas.
Histórico
Em 2012, o PSOL elegeu um prefeito. Em 2016, foram dois. Em 2020, o número subiu para cinco prefeitos, incluindo de uma capital: Edmilson Rodrigues, em Belém. Neste ano, ele tentou a reeleição, mas não chegou ao segundo turno.
Em 2022, o PSOL passou a integrar uma federação partidária com a Rede Sustentabilidade. As federações permitem a dois ou mais partidos atuarem como se fossem um só durante, no mínimo, quatro anos (diferente das coligações, que valiam só durante o período eleitoral).
Neste ano, o PSOL registrou uma redução de 18% no total de candidaturas, com quedas mais acentuadas no Norte (-31%) e no Nordeste (-25,3%) — regiões nas quais a Rede aumentou.
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