Partido tem 15 senadores; Eliziane Gama (MA) tentava lançar pré-candidatura, mas abriu mão. Agora, sigla busca emplacar Otto Alencar (BA) na CCJ e Daniella Ribeiro (PB) na Mesa Diretora. O líder do PSD no Senado, Omar Aziz (AM), afirmou nesta terça-feira (12) que a bancada vai apoiar a candidatura de Davi Alcolumbre (União-AP) para a Presidência da Casa no ano que vem.
A bancada é a maior da configuração atual da Casa, formada por 15 senadores.
Com o anúncio, o parlamentar já reúne legendas que somam 63 congressistas: PSD (15), PL (14), PT (9), União (7), PP (7), PSB (4), Republicanos (4) e PDT (3). São necessários 41 votos favoráveis para vencer a disputa.
Com a decisão do partido, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) abriu mão de ser pré-candidata. Dois partidos ainda não anunciaram apoio formal: MDB (10) e PSDB (1).
A maioria do Podemos – quatro dos seis senadores – declarou apoio ao candidato do União nesta terça. Enquanto o único senador do Novo, Eduardo Girão (CE), afirmou que vai incentivar outros nomes pois discorda do de Alcolumbre.
O senador do Amapá é grande aliado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), do PSD, que já declarou sua preferência por Alcolumbre publicamente.
O presidente da CCJ do Senado, senador Davi Alcolumbre (União-AP).
Edilson Rodrigues/Agência Senado
PSD, agora, quer CCJ e secretaria
Omar Aziz explicou que a pretensão do PSD é obter a principal comissão da Casa, a de Constituição e Justiça (CCJ) e a primeira-secretaria, que cuida das questões administrativas do Senado. Os cotados são Otto Alencar (PSD-BA) para a CCJ e Daniella Ribeiro (PSD-PB) para a primeira-secretaria.
“Agora vamos sentar com o Davi e discutir os espaços que o PSD, como maior partido, maior bancada [tem direito]. A CCJ, a primeira-secretaria, e nós teríamos direito a duas, três comissões. E vamos discutir isso com Davi”, afirmou Omar Aziz.
O regimento interno do Senado prevê que a distribuição dos partidos na Mesa Diretora e nas comissões permanentes, de acordo com o tamanho das bancadas, deve ser respeitada “tanto quanto possível”.
Na última eleição, no ano passado, a oposição decidiu lançar candidato próprio, Rogério Marinho (PL-RN), para a Presidência do Senado em vez de apoiar Rodrigo Pacheco, que venceu a disputa.
Com isso, as legendas oposicionistas – PL, PP e Republicanos – ficaram sem comissões ou cargos na Mesa Diretora.
Desta vez, a estratégia foi diferente. O PL, segunda maior sigla, já se antecipou e anunciou no mês passado suporte a Alcolumbre, justamente para obter cargos na composição da cúpula do Senado.
O amapaense já foi presidente do Senado, de 2019 a 2021, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com quem mantinha aliança. Desde a transição, para a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Alcolumbre se associou ao petista.
O líder do PT, Beto Faro (PA), já disse que a bancada recebeu o aval do presidente Lula para compor a chapa favorita.
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